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“OLHOS VENDADOS”: A EXPERIÊNCIA CRIADORA NA PRODUÇÃO DE UM CURTA-METRAGEM
Publicado em 13/05/2021 às 15:12A dissertação de Mestrado de autoria de Allan Henrique Gomes e orientado pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2011 e tem o seguinte resumo:
O curta-metragem “Olhos Vendados” foi produzido por sete jovens durante um ano letivo em uma organização educativa na cidade de Blumenau. O objetivo desta dissertação foi investigar os sentidos da experiência criadora destes jovens acerca da realização do filme. Compõe o método de pesquisa o trabalho de campo “tipo etnográfico”, o paradigma indiciário, a análise dialógica do discurso a partir das contribuições de Vygotski, do círculo de Bakhtin e seus interlocutores. Estas perspectivas consideram a produção de sentidos na pesquisa e a possibilidade das relações dialógicas entre o pesquisador e os jovens realizadores do curta-metragem. Para compreender a experiência criadora dos jovens colhemos alguns fragmentos da relação “juventudes” e “cinemas”, especialmente sobre o curta-metragem contemporâneo. As articulações entre experiência, memória e narrativa também endossam a perspectiva histórica e epistemológica desta dissertação. Compreende-se a narrativa como a possibilidade de comunicar experiências e, neste sentido, a pesquisa realizada engendra-se neste significativo processo na medida em que dialogou tanto com a obra realizada pelos jovens quanto com as suas histórias sobre a experiência de produzir um filme. Neste sentido, o drama destes jovens está articulado à trama da realização do filme, que é coletiva, mas com sentidos que expressam em muito a singularidade de suas participações. Finalmente, este trabalho associa a realização de um curta-metragem com o trabalho de pesquisa e produção de uma dissertação que também se manifesta como experiência criadora.
e o texto completo pode ser baixado em:
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DE INSTITUIÇÃO PSIQUIÁTRICA A CEMITÉRIO: PERSCRUTANDO A FUNDAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DO ABRIGO MUNICIPAL DE ALIENADOS OSCAR SCHNEIDER
Publicado em 13/05/2021 às 14:26Artigo publicado por Mariana Zabot Pasqualotto e Andrea Vieira Zanella na revista Revista Internacional de Educação Superior tem o seguinte resumo:
Neste artigo, busca-se relatar a experiência de uma pesquisa que se debruçou sobre as memórias invisibilizadas de um cemitério da cidade de Joinville, Estado de Santa Catarina, cuja história de seu território está ligada à existência, no passado, de duas instituições de confinamento de sujeitos infames: um Abrigo de Alienados (1923-1942) e um Presídio Político (1942-1945). A escuta dos personagens que narram suas experiências com esse local e as estratégias do flâneur como forma de deixar-se levar na busca pelas memórias por aquilo em que se configuram sentidos foram os fundamentos do exercício de “ficcionar” sobre esse determinado objeto de estudo, a partir de uma relação sensível com esse campo, uma “Cidade dos Mortos”, onde foi possível escutar as vozes que nele ainda pulsam e tensionam a história desse local e seu aparente estado de silêncio na cidade.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/14172
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Sete Mares Numa Ilha
Publicado em 13/05/2021 às 13:32Dirigido e produzido em 1999 pela doutora em Psicologia Social Kátia Maheirie e pelo jornalista André Gassen. O vídeo Sete Mares Numa Ilha retrata a cena de bandas autorais que surgiu em Florianópolis nos anos 90.
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Webdocumentário Veredas – Cenas da Musicoterapia Social e Comunitária na America Latina
Publicado em 13/05/2021 às 13:25Criado e produzido por Andressa Dias Arndt sobre sua pesquisa foi realizada sob orientação de Dra Kátia Maheirie.
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Entre fronteiras: re-existência Laklãnõ/Xokleng em uma universidade pública.
Publicado em 13/05/2021 às 13:12A dissertação de Mestrado de autoria de ICLICIA VIANA e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2017 e tem o seguinte resumo: Esta pesquisa se insere na relação de indígenas com o contexto universitário. Especificamente, objetiva compreender como têm sido as experiências de estudantes indígenas que pertencem ao Povo Laklãnõ/Xokleng em cursos de graduação e pós-graduação em uma universidade pública do Sul do Brasil. A perspectiva metodológica se apoia em uma concepção na qual a pesquisa se dá no cotidiano a partir de um campo-tema. Fizeram parte deste campo-tema, diferentes espaços e momentos que possibilitaram a construção de informações sobre estas experiências, entre eles uma roda de conversa, a convivência no cotidiano da universidade, visitas à Terra Indígena Laklãnõ, bem como outros espaços de encontro como manifestações politicas, grupos de estudo, festas, redes sociais e mídias. A pesquisa aponta quatro eixos principais baseados nas experiências singulares e coletivas neste espaço: 1) os projetos coletivos, familiares e singulares que marcam suas presenças na universidade; 2) as experiências frente às dificuldades e possibilidades de acesso, permanência; 3) os estereótipos, preconceitos e racismos vividos neste contexto, próprios da colonialidade na sociedade brasileira e 4) como a vida Laklãnõ/Xokleng é trazida para a universidade. Observou-se que a universidade configura-se hoje como um território de luta, que está sendo demarcado pela presença indígena, e que tenciona o imaginário social sobre estes povos produzindo novidades no encontro interétnico e produzindo fissuras que questionam os lugares identitários aprisionadores. Ao mesmo tempo, foi possível compreender que assim como em outros momentos de sua história, o povo Laklãnõ/Xokleng em sua especificidade, segue re-existindo fazendo uso agora da educação superior como instrumento de visibilização para sua existência e resistência, a qual marca sua história desde os primeiros contatos com o não indígena.
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Produção de sentidos e a construção da identidade judaica em Florianópolis
Publicado em 13/05/2021 às 13:11A dissertação de Mestrado de autoria de Lia Vainer Schucman e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2006 e tem o seguinte resumo: O presente trabalho tem como objetivo compreender os diferentes sentidos atribuídos a “ser judeu” no contexto Florianopolitano. Para entender de que forma se constitui uma identidade judaica nesta cidade, utilizei o referencial teórico da psicologia sócio-histórica sobre constituição de sujeito e identidade, e também uma revisão histórica sobre identidade judaica. Para a coleta de informações utilizei dos recursos de observação participante, depoimentos e entrevistas de sujeitos judeus freqüentadores da Associação Israelita Catarinense. Os resultados da pesquisa apontam para uma re(criação) do judaísmo de acordo com os interesses desta coletividade em especifico estando diretamente relacionado às apropriações dos significados convencionais do judaísmo e da produção de novos sentidos para o que é “ser judeu” de acordo com as histórias de vida e das vivências afetivas, emocionais e intelectuais de cada sujeito que encontraram em Florianópolis a liberdade e a possibilidade de atuar, concretizar, e construir uma identidade judaica aberta para as características deste coletivo.
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Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana
Publicado em 13/05/2021 às 13:10A tese de Doutorado de autoria de Lia Vainer Schucman e orientada pela Professora Leny Sato foi defendidada no ano de 2012 e tem o seguinte resumo: O objetivo desta tese é compreender e analisar como a ideia de raça e os significados acerca da branquitude são apropriados e construídos por sujeitos brancos na cidade de São Paulo. A branquitude é entendida aqui como uma construção sócio-histórica produzida pela ideia falaciosa de superioridade racial branca, e que resulta, nas sociedades estruturadas pelo racismo, em uma posição em que os sujeitos identificados como brancos adquirem privilégios simbólicos e materiais em relação aos não brancos. Para a realização deste trabalho apresento uma abordagem conceitual dos estudos sobre branquitude dentro da psicologia social e das ciências humanas. Apresento também seus desdobramentos para o entendimento do racismo contemporâneo, bem como revisão teórica de como o conceito de raça foi produzido a partir do pensamento acadêmico europeu do século XIX e reproduzido no pensamento social paulistano. A pesquisa de campo foi desenvolvida por meio da realização de entrevistas e conversas informais com sujeitos que se auto identificaram como brancos de diferentes classes sociais, idade e sexo. Nosso intuito era compreender a heterogeneidade da branquitude nesta cidade. As análises demonstraram que há por parte destes sujeitos a insistência em discursos biológicos e culturais hierárquicos do branco sob outras construções racializadas, e, portanto, o racismo ainda faz parte de um dos traços uni” cadores da identidade racial branca paulistana. Percebemos também que os significados construídos sobre a branquitude exercem poder sobre o próprio grupo de indivíduos brancos, marcando diferenças e hierarquias internas. Assim, a branquitude é deslocada dentro das diferenças de origem, regionalidade, gênero, fenótipo e classe, o que demonstra que a categoria branco é uma questão internamente controversa e que alguns tipos de branquitude são marcadores de hierarquias da própria categoria.
e o texto completo pode ser baixado em:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-21052012-154521/pt-br.php
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Malucos da Estrada: experiência nômade e produção de modos de vida
Publicado em 13/05/2021 às 13:08A tese de Doutorado de autoria de Andre Luiz Strappazzon e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2017 e tem o seguinte resumo:
Esta pesquisa foi construída a partir da análise dos modos de vida de artistas de rua e artesãos nômades, ou “malucos de estrada”, também conhecidos popularmente como hippies. O eixo da reflexão se refere a como os “malucos de estrada” constroem seus modos de vida em tensão com o que eles chamam de “sistema”, e que designamos como modos de vida hegemônicos, entendidos como “normais” em nossa sociedade, criando outras possibilidades de existência em suas dimensões éticas, estéticas e políticas. O percurso metodológico tem no método da cartografia o horizonte de inspiração. As informações agenciadas para a pesquisa partem de documentários, entrevistas e reportagens produzidas pelos “malucos” ou sobre eles, além de algumas experiências de campo. O referencial teórico tem como base a filosofia de Espinosa e seus interlocutores, além de contar com a colaboração de alguns estudos de Deleuze, Guattari, Foucault, Negri e Hardt, dentre outros. Nas análises discute-se a constituição de modos de vida hegemônicos e os processos de subjetivação decorrentes, no encalço dos conceitos de sociedade disciplinar, biopoder e sociedade de controle, que preconizam noções de normalidade, calcadas em verdades morais erigidas ao longo da história ocidental. A partir disso, são trazidas as críticas que os artistas de rua e artesãos nômades endereçam ao “sistema” e os modelos alternativos de vida que propõem na prática. Na sequência, analisa-se alguns aspectos que possibilitaram aos artistas de rua e artesãos nômades romper com os modos de vida “dentro do sistema” em direção à criação de outros, situados na dimensão dos encontros. Tomando a viagem dos “malucos” como experiência e o nômade como operador conceitual, propõe-se, a partir da análise de alguns relatos conjugados com os referenciais teóricos, chamar de “experiência nômade” a ação de criar em processo condições dissidentes de existência.
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Judicialização e contracondutas no trabalho da equipe de um CREAS: forças em tensão na Assistência Social.
Publicado em 13/05/2021 às 13:07A tese de Doutorado de autoria de Lucia Regina Ruduit Dias e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2017 e tem o seguinte resumo:
O presente estudo analisa as práticas das trabalhadoras da assistência social, problematizando a experiência da equipe de um Centro de Referência Especializado em Assistência Social – CREAS, da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. O estudo investiga as forças que se encontram presentes nas práticas jurídicas das trabalhadoras da equipe do CREAS e busca visibilizar as possibilidades de contracondutas ao processo de judicialização do trabalho e da vida. A estratégia metodológica utilizada é a pesquisa-intervenção, fundamentada na Análise Institucional e em suas noções de produção conjunta do conhecimento e na atitude político-ético-estética da pesquisadora. Os procedimentos utilizados para a produção de informações foram o acompanhamento da equipe, a análise de implicação, a restituição e uma oficina de fotografia. As informações foram registradas em diário de pesquisa e audiogravações. As discussões provocadas pela intervenção foram analisadas à luz das noções de práticas jurídicas, judicialização do trabalho e da vida, assim como de biopolítica e contracondutas, a partir de Michel Foucault e pesquisadores/as contemporâneos/as. O estudo indica que no CREAS encontram-se presentes inúmeras forças que se reúnem em um fluxo na direção da judicialização do trabalho e da vida, sendo estas a trama pobreza-assistencialismo-tutelamento-culpa; a noção de Estado social e a biopolítica, que pressiona as trabalhadoras na direção do controle de si e da população; as práticas jurídicas enraizadas na sociedade e seus mecanismos de exame, de prova, de testemunho e de criminalização e, ainda, a precarização do trabalho. O processo de individualização se mostrou como uma força que transversaliza todas as outras e que pressiona fortemente no sentido da judicialização. O acompanhamento do CREAS e de suas relações com outros níveis e equipamentos da AS, bem como com outras políticas públicas, fez ver que essa dinâmica de forças não faz parte apenas do trabalho de um CREAS, mas se faz presente na AS brasileira assim como nas demais políticas públicas. Sendo assim, é possível dizer que as forças de individualização e culpabilização, enlevadas pelo projeto político liberal, se entrelaçam de forma a estarem presentes nas políticas públicas brasileiras como um todo. Entretanto, se por um lado existe uma trama de forças que pressiona na direção da judicialização, ao mesmo tempo existem forças que operam como contracondutas às práticas de judicialização. Essas forças são a coletivização e sua abertura a criações nos modos de trabalhar, assim como a produção de história e de memórias.
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Pessoas em situação de rua e a cidade: cartografando planos, (in)visibilidades e resistências
Publicado em 13/05/2021 às 13:06A tese de Doutorado de autoria de Natalia Alves dos Santos e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2020 e tem o seguinte resumo:
Nesta tese, pesquisamos os encontros entre a cidade e as pessoas em situação de rua. Apesar de termos eleito a cidade de Florianópolis, Santa Catarina, como lócus da investigação, outras cidades em diferentes estados, países e contextos transversalizaram as discussões tecidas. Concebemos pesquisa, pesquisadora e cidade como corpos, que se constituem e interagem de forma dinâmica, heterogênea, constante e múltipla. Traçamos como objetivo geral problematizar as relações que a cidade institui com as pessoas em situação de rua. Destes, desdobram-se três objetivos específicos, a saber: perscrutar, via experiência estética, as tensões do encontro dos corpos das pessoas em situação de rua com o corpo da cidade; analisar o modo como a cidade responde à presença, permanência e trânsito de pessoas em situação de rua; investigar rastros de medidas higienistas voltadas às pessoas em situação de rua em documentos que narram a história da cidade. Como interlocutores teóricos elegemos Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mikhail Bakhtin, Lev Vygotsky, Walter Benjamin e outros/as pesquisadores/as que contribuíram para as problematizações empreendidas. Adotamos como estratégias metodológicas caminhar pela cidade, sob a perspectiva do flanêur, de Walter Benjamin, percorrer documentos oficiais e não-oficiais, que narram a sua história, e registrar alguns dos encontros das pessoas em situação de rua com a cidade via fotografia. O olhar para os documentos e encontros inspiraram-se no método cartográfico de Gilles Deleuze e Félix Guattari. As informações produzidas transformaram-se em 04 artigos que buscaram responder aos objetivos específicos da pesquisa. O processo de produção da tese evidenciou as tensões que emergem das relações que nos propusemos investigar, permitindo-nos concluir que às pessoas em situação de rua é destinado, na cidade, o lugar de margem, de resto, um entrelugar.
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