JOVENS EM VULNERABILIDADES PSICOSSOCIAIS: GRUPO COMO LUGAR DE ACOLHIMENTO E SUBJETIVAÇÃO POLÍTICA

15/03/2022 10:35

Artigo publicado por Marcela Andrade Gomes, Kátia Maheirie e Bruna Corrêa na revista Psicologia em Estudo tem o seguinte resumo:

Este artigo visa relatar uma experiência de estágio realizado em um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) junto a jovens de periferias da cidade de Florianópolis (SC), de modo a problematizar as possibilidades e desafios do uso do dispositivo grupal como instrumento de intervenção psicossocial. Este serviço, vinculado à Proteção Social Básica da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), tem como objetivo prevenir as situações de riscos e vulnerabilidades, bem como fortalecer os laços familiares e comunitários. Por meio da intervenção grupal, buscamos, junto com estes(as) jovens, criar um espaço de elaboração psíquica e política sobre temas significativos para suas vidas e para a atual sociedade. Apostamos na ideia de que as oficinas propiciaram a construção de um espaço coletivo que servisse de acolhimento ao sofrimento ético-político destes(as) jovens, subsidiando um afago às dores da vida e, também, servindo de catalisador aos processos de subjetivação política frente às iniquidades sociais que atravessam, sistematicamente, o cotidiano destes(as) jovens. Neste trabalho, trazemos reflexões em torno das potencialidades que o dispositivo grupal pode desencadear na constituição do sujeito, compreendendo-o como uma profícua ferramenta de intervenção psicossocial de escuta, acolhimento, fortalecimento comunitário e protagonismo político.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://www.scielo.br/j/pe/a/W7QtDsWyWXJcygBQdR9xkRP/

Tags: Bruna CorrêagruposjovensKátia MaheirieMarcela De Andrade Gomesvulnerabilidade

Tensões no campo do político e da prática profissional da assistência social

14/05/2021 13:00

O artigo publicado por Katia Maheire; Marcela de Andrade Gomes; Tatiana Minchoni; Felipe Augusto Leques Tonial; Marcelo Felipe Bruniere e Ana Paula Silva Hining tem o seguinte resumo:

Este artigo aponta desafios e possibilidades que se apresentam no cotidiano de trabalhadoras de CRAS. Baseando-nos em Jacques Rancière, analisamos as tensões no campo e seus desdobramentos em práticas profissionais. Para tanto, 42 trabalhadoras/es responderam um questionário e participaram de entrevistas coletivas. Para proceder a análise, elaboramos aqui duas categorias: as relações do CRAS/equipe com a gestão e a PNAS; e as condições, rotinas e práticas de trabalho. Os resultados indicam uma tensão entre modelos de atenção, uma assistencialista caritativa, voltada à lógica do Estado mínimo, e outra preconizada pela Constituição de 88, bem como duas lógicas de atuação, uma voltada às ações coletivas e à família, e outra à individualização e judicialização da vida. Mas, indicam, ao mesmo tempo, um exercício de reinvenção das equipes, pautado por processos de desnaturalização e desidentificação, bem como pela construção de estratégias para coletivizar demandas e construir redes intersetoriais.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link do artigo

Tags: Ana Paula Silva Hiningassistência socialCRASFelipe Augusto Leques TonialKátia MaheirieMarcela De Andrade GomesMarcelo Felipe Brunierepolíticapolíticoterritório

Passe livre já: participação política e constituição do sujeito

13/05/2021 15:41

A dissertação de Mestrado de autoria de Marcela de Andrade Gomes e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2008 e tem o seguinte resumo:

A presente dissertação, a partir do pensamento de L.S.Vygotsky, na interlocução com autores de diversas áreas e perspectivas teóricas, busca analisar de que forma a participação política no Movimento Passe Livre media a constituição dos sujeitos militantes, identificada nos sentidos que atribuem ao movimento, por sua vez, é constituído por estes sujeitos. A Campanha pelo Passe Livre de Florianópolis iniciou sua trajetória de lutas em 2000 e em 2004 o grupo se configurou como um movimento social que, inicialmente reivindicava a gratuidade no transporte público para estudantes e, atualmente, luta pela tarifa zero para todas as pessoas contemplando discussões referentes à mobilidade urbana. Este movimento social desenvolve diversas atividades que envolvem manifestações públicas, palestras, seminários, exposição de filmes, grupo de estudos, entre outras, realizadas nas escolas, ruas, diversas organizações e em/com outros movimentos sociais. Com a finalidade de analisarmos os processos de significação em torno desta militância, utilizamos a entrevista aberta, com um roteiro norteador, que foram realizadas individualmente com cinco militantes. Além disso, utilizamos a observação participante durante dois anos, nas diversas atividades do movimento, que foram registradas em um diário de campo. Realizamos um levantamento documental para, na dialogia com as falas dos entrevistados, contextualizarmos este movimento social. A análise desta pesquisa demonstrou que a família, a escola, a universidade e as amizades foram significadas como mediadores fundamentais para que o sujeito se interessasse pela participação política. O estilo de militância que marca a identidade coletiva do Movimento Passe Livre, fortemente marcado pelas características dos novos movimentos sociais, se revelou atrativo para que o sujeito escolhesse por esta participação política. Além disso, percebemos que esta forma de organização mais horizontal e participativa, possibilita novas formas do sujeito se apropriar de sua condição de autoria na história do movimento e da sua própria existência. Por fim, notamos que a militância no Movimento do Passe Livre possibilita que o sujeito construa relações ético-estéticas, criando novas formas de se relacionar com o outro e consigo mesmo.

e o texto completo pode ser baixado em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/91149

Tags: Marcela De Andrade Gomesmovimentos sociaisparticipação política

POLÍTICA, ESTÉTICA A ATIVISMO AMBIENTAL: UM ESTUDO SOBRE AS AÇÕES DO GREENPEACE NO CONTEMPORÂNEO

13/05/2021 11:43

A tese de Doutorado de autoria de Marcela De Andrade Gomes e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2014 e tem o seguinte resumo:

A heterogeneidade das formas de ativismo e resistência tem inscrito na esfera pública uma multiplicidade de atos e cenas políticas na atualidade. A polifonia e polimorfose do sujeito político contemporâneo têm incitado inúmeros debates acadêmicos em torno das possibilidades e alternativas à intensificação dos processos democráticos. A partir de um estudo qualitativo, buscamos investigar e analisar as diferentes ações do Greenpeace- uma ONG ativista no campo das lutas ambientais-, a partir da perspectiva teórica do filósofo Jacques Rancière e, também, de outros autores desta área de pesquisa. O campo empírico desta investigação ocorreu no Greenpeace do Brasil (São Paulo, Manaus, Rio de Janeiro) e da Espanha (Madri e Barcelona), em âmbito presencial e virtual. Por meio de entrevistas com sujeitos que possuem ou possuíam algum vínculo com esta ONG (voluntários, ativistas ou funcionários), bem como por meio da realização de um rastreamento virtual nos sites desta organização, buscamos nos aproximar da dimensão empírica do Greenpeace de forma a analisar suas diferentes ações no contemporâneo. A partir dos dados coletados, construímos 4 categorias de análise que, de alguma maneira, nos dizem algo sobre a complexidade da esfera pública na contemporaneidade, em especial, no que tange ao Greenpeace. Na primeira categoria, analisamos as potencialidades, desafios e paradoxos anunciados pelos entrevistados relativos à organização, funcionamento e ações desta ONG; na segunda categoria, realizamos um debate sobre as relações estabelecidas com a mídia e com o ativismo na rede virtual (cyberativismo); na terceira, problematizamos a posição ocupada pelo Greenpeace na esfera pública, a saber, um hiato entre distintos lugares: da governança ao dissenso; por fim, analisamos 8 ações diretas realizadas pela organização, trazendo o profícuo debate entre a política e a estética, discorrendo sobre o uso do exagero, do escândalo e da dramaturgia como formas e estratégias de inscrever cenas políticas na esfera pública. Em síntese, podemos pensar que o Greenpeace se configura, em alguns momentos, como um dispositivo de subjetivação política no campo das lutas ambientais; em outros, como uma organização midiática que se utiliza de ações espetaculares para atrair colaboradores e participar ativamente na formação da opinião pública; e, ainda, como um interlocutor do Estado, operando como um parceiro na elaboração da legislação e políticas públicas ambientais.

e o texto completo pode ser baixado em:

https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2199551

Tags: aspectos psicológicosestéticaMarcela De Andrade Gomespolitica ambiental

Corpos deslocados: Relações entre política, estética e ativismo ambiental

04/05/2021 15:22

Artigo publicado por Marcela de Andrade Gomes, Kátia Maheirie; Marco Aurélio Máximo Prado e Lupicínio Iñiguez Rueda tem o seguinte resumo:

A heterogeneidade das formas de ativismo e resistência tem inscrito na esfera pública uma multiplicidade de cenas políticas que nos direciona a problematizar a polifonia e polimorfose dos sujeitos políticos contemporâneos. Nesta seara, este artigo tem como objetivo problematizar o próprio conceito de política, a partir da análise de algumas ações da Organização não-Governamental (ONG) Greenpeace, com intuito de propiciar reflexões em torno da emergência do sujeito político no contexto atual. A partir da tese de Jacques Rancière de que a base da política é estética, este texto discute algumas intervenções realizadas pelo Greenpeace, atrelando o debate político à esfera da reconfiguração sensível na vida coletiva. A partir de nossas análises, temos compreendido que o Greenpeace tem criado novas formas de inserção e transformação do espaço público em político, reinventando formas de militância mais fluidas, criativas e irreverentes que, em alguma medida, desestabilizam a gramática discursiva hegemônica da ordem vigente.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link

Tags: estéticaKátia MaheirieLupicínio Iñiguez RuedaMarcela De Andrade GomesMarco Aurélio Máximo Pradomovimentos sociaispolítica

Subjetivação política e aumento da potência de ação: quem são os usuários do CRAS

04/05/2021 15:08

Artigo publicado por Kátia Maheirie, Marcela de Andrade Gomes, Felipe Tonial, Tatiana Minchoni, Andressa Dias Arndt e Bruna Corrêa tem o seguinte resumo:

Este artigo é parte de uma pesquisa mais ampla, cujo objetivo geral foi identificar os discursos sobre as práticas de trabalho das equipes nos Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) em diferentes municípios do Brasil, buscando problematizar os avanços no que se refere à promoção de experiências coletivas naquele contexto. Neste artigo, focamos no material de dois municípios da região sul do país, no que diz respeito a quem é o usuário na perspectiva dos trabalhadores da assistência social, por meio de entrevistas coletivas com cada equipe, em cada equipamento. A partir da psicologia sócio-histórica e das ideias de Jacques Rancière, analisamos os discursos, construímos cenas como material de pesquisa e com elas dialogamos categorias analíticas. Os resultados trouxeram duas categorias: a experiência da subjetivação política e a potência dos usuários da assistência social, apontando possibilidades para promoção da cidadania nos fazeres psicossociais.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link

Tags: Andressa Dias ArndtBruna CorrêaFelipe Augusto Leques TonialidentidadeKátia MaheirieMarcela De Andrade Gomessubjetivação políticaTatiana Minchoniusuários da assistência social