Artigo publicado por Marina Lemos Carcereri Mano, Laura Cardoni Ruffier, Graziele Aline Zonta e Andrea Vieira Zanella na Revista de Psicologia da UFC tem o seguinte resumo:
O presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência de estágio de alunas de um curso de graduação em Psicologia em um Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (CCFV). Foram realizados grupos com crianças com o objetivo de trabalhar questões relativas às suas vivências cotidianas e as emoções dali advindas. Em todas as intervenções utilizou-se como mediadores do processo grupal materiais artísticos e lúdicos, incluindo desenho, sucata, contação de histórias e brincadeiras diversas. Observou-se que os temas mais frequentemente expressos pelas crianças, através de suas falas e de suas produções artísticas, relacionavam-se ao vínculo com a mãe e familiares, perdas e conflitos e aqueles marcados por diferenciações de gênero. Além de relevante por possibilitar ao grupo de crianças o (re)criar e o (re)pensar de sentimentos, ações, relações e vivências, a experiência de estagiar em um CCFV evidenciou inúmeras dificuldades e desafios, como a rotatividade dos funcionários e a precariedade do serviço e do vínculo com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: http://www.periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/31551
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O artigo publicado por Katia Maheire; Marcela de Andrade Gomes; Tatiana Minchoni; Felipe Augusto Leques Tonial; Marcelo Felipe Bruniere e Ana Paula Silva Hining tem o seguinte resumo:
Este artigo aponta desafios e possibilidades que se apresentam no cotidiano de trabalhadoras de CRAS. Baseando-nos em Jacques Rancière, analisamos as tensões no campo e seus desdobramentos em práticas profissionais. Para tanto, 42 trabalhadoras/es responderam um questionário e participaram de entrevistas coletivas. Para proceder a análise, elaboramos aqui duas categorias: as relações do CRAS/equipe com a gestão e a PNAS; e as condições, rotinas e práticas de trabalho. Os resultados indicam uma tensão entre modelos de atenção, uma assistencialista caritativa, voltada à lógica do Estado mínimo, e outra preconizada pela Constituição de 88, bem como duas lógicas de atuação, uma voltada às ações coletivas e à família, e outra à individualização e judicialização da vida. Mas, indicam, ao mesmo tempo, um exercício de reinvenção das equipes, pautado por processos de desnaturalização e desidentificação, bem como pela construção de estratégias para coletivizar demandas e construir redes intersetoriais.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link do artigo
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Com o tema “Resistir na defesa do SUAS é (re)afirmar direitos e a cidadania no contexto de pandemia” o evento pretende reunir virtualmente alunos de graduação, de pós-graduação, psicólogas(os), assistentes sociais, sociólogas(os), pedagogas(os), educadoras(es) sociais, educadoras(es) físicos e demais trabalhadoras(es) que atuam nas políticas públicas de Assistência Social (SUAS), para problematizar e debater a inserção crítica e ética desses profissionais nesse âmbito particular do campo social, de relevância crescente no cenário brasileiro. O debate será realizado por meio de duas mesas redondas, uma na noite da terça-feira, dia 15/06 e outra na noite do dia 17/06, com palestrantes da área da Psicologia e também do Serviço Social, sendo que teremos ainda um conjunto de rodas de conversas em salas temáticas concomitantes noite do dia 16/06.
As mesas redondas pretendem oferecer uma discussão crítica sobre o tema das políticas públicas de Assistência Social em tempos de crise nacional e internacional, nas suas dimensões políticas, econômicas, sociais e éticas.
As rodas de conversa terão duas horas de duração e serão de caráter mais focalizado, versando sobre o que fazer, como fazer e seus efeitos. Pretendem oferecer subsídios teórico-técnicos e ético-políticos para fundamentar as diversas práticas psicossociais em diferentes âmbitos das políticas públicas e da Assistência Social. Serão realizadas em salas temáticas, em horário concomitante, com inscrição prévia dos participantes.
Link para inscrição: http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/
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A tese de Doutorado de autoria de Lucia Regina Ruduit Dias e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2017 e tem o seguinte resumo:
O presente estudo analisa as práticas das trabalhadoras da assistência social, problematizando a experiência da equipe de um Centro de Referência Especializado em Assistência Social – CREAS, da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. O estudo investiga as forças que se encontram presentes nas práticas jurídicas das trabalhadoras da equipe do CREAS e busca visibilizar as possibilidades de contracondutas ao processo de judicialização do trabalho e da vida. A estratégia metodológica utilizada é a pesquisa-intervenção, fundamentada na Análise Institucional e em suas noções de produção conjunta do conhecimento e na atitude político-ético-estética da pesquisadora. Os procedimentos utilizados para a produção de informações foram o acompanhamento da equipe, a análise de implicação, a restituição e uma oficina de fotografia. As informações foram registradas em diário de pesquisa e audiogravações. As discussões provocadas pela intervenção foram analisadas à luz das noções de práticas jurídicas, judicialização do trabalho e da vida, assim como de biopolítica e contracondutas, a partir de Michel Foucault e pesquisadores/as contemporâneos/as. O estudo indica que no CREAS encontram-se presentes inúmeras forças que se reúnem em um fluxo na direção da judicialização do trabalho e da vida, sendo estas a trama pobreza-assistencialismo-tutelamento-culpa; a noção de Estado social e a biopolítica, que pressiona as trabalhadoras na direção do controle de si e da população; as práticas jurídicas enraizadas na sociedade e seus mecanismos de exame, de prova, de testemunho e de criminalização e, ainda, a precarização do trabalho. O processo de individualização se mostrou como uma força que transversaliza todas as outras e que pressiona fortemente no sentido da judicialização. O acompanhamento do CREAS e de suas relações com outros níveis e equipamentos da AS, bem como com outras políticas públicas, fez ver que essa dinâmica de forças não faz parte apenas do trabalho de um CREAS, mas se faz presente na AS brasileira assim como nas demais políticas públicas. Sendo assim, é possível dizer que as forças de individualização e culpabilização, enlevadas pelo projeto político liberal, se entrelaçam de forma a estarem presentes nas políticas públicas brasileiras como um todo. Entretanto, se por um lado existe uma trama de forças que pressiona na direção da judicialização, ao mesmo tempo existem forças que operam como contracondutas às práticas de judicialização. Essas forças são a coletivização e sua abertura a criações nos modos de trabalhar, assim como a produção de história e de memórias.
e o texto completo pode ser baixado em:
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5007765
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Artigo publicado por Allan Henrique Gomes; Letícia de Andrade e Kátia Maheirie tem o seguinte resumo:
O presente texto apresenta os resultados de uma atividade realizada em um percurso de formação, com ênfase no recurso imagético, para trabalhadoras da proteção social básica do Suas/Joinville-SC. A atividade analisada diz respeito à elaboração de uma narrativa imagética, resultado do convite feito às profissionais para realizarem um projeto de filme expressando nele suas experiências com seus respectivos espaços de trabalho. A orientação teórica e metodológica deste trabalho foi a Psicologia Social em diálogo com algumas leituras e conceitos de Jacques Rancière. A pesquisa possibilitou pensar o modo como a constituição do trabalhador da Assistência Social é perpassada por questões relativas a essa política pública, mas também pelas relações, dilemas e práticas do trabalho em que a presença do profissional não se faz de modo passivo, mas é visceralmente sentida e significada pelas experiências que participam do trabalho socioassistencial.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link
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Artigo publicado por Lucia Regina Ruduit Dias, Andréa Vieira Zanella e Jaqueline Tittoni tem o seguinte resumo:
O objetivo deste artigo é analisar a forma como as práticas jurídicas de trabalhadoras da assistência social se coadunam aos fluxos judicializantes do/no trabalho, ressaltando a resistência destes profissionais mediante a criação de processos de contraconduta. As ferramentas utilizadas para produção de informações na pesquisa-intervenção foram: acompanhamento das atividades da equipe, observações, entrevistas, conversas informais e oficina de fotografia. As análises realizadas, fundamentadas em Michel Foucault, evidenciaram forças judicializantes no trabalho da assistência social, bem como práticas jurídicas enraizadas através dos mecanismos da prova, do exame, do testemunho e do medo de advir criminosa. Entretanto, o estudo evidenciou também a presença de contracondutas às forças judicializantes, que se constituem através da coletivização no/do trabalho e a potência da pesquisa-intervenção para as análises dos processos de trabalho e para a construção coletiva de alternativas a problemas em tal processo.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link
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