NUPRA – Núcleo de Pesquisa em Práticas Sociais, Estética e Política – UFSC
  • APRENDENDO A SER CIRCENSE E AMPLIANDO AS POSSIBILIDADES DE “SER” APRENDIZ

    Publicado em 13/05/2021 às 15:52

    A tese de Doutorado de autoria de Eliane Regina Pereira e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2011 e tem o seguinte resumo:

    O objetivo deste estudo foi investigar de que forma a arte circense, compreendida como atividade criadora e experiência estética, mediadas pela afetividade, aumenta a potência de ação do sujeito e amplia as possibilidades de “ser aprendiz”. Para realização da pesquisa, contatamos os quatro educadores do Circo Escola Beto Carrero e doze aprendizes. Por meio de entrevistas, observações e videogravação das aulas produzimos informações a respeito de como o sujeito define a atividade circense; como significa essa atividade em seu cotidiano; como se dá o processo de ensinar e aprender; e que relações são estabelecidas com a arte circense, com o público, com os colegas de circo e com a escola regular. A partir de uma orientação histórico-dialética, apresentamos os sujeitos da pesquisa e assinalamos as relações educadores-aprendizes como mediando à constituição dos sujeitos, os quais são compreendidos como inacabados e em constante devir. Discutimos como o acabamento provisório ofertado pelo contemplador transcende a personagem circense e alcança o sujeito-aprendiz, ampliando suas possibilidades de ser. Os resultados da pesquisa apontam que a atividade circense proporciona um aprender que se faz mediado pelo corpo, pois é com o corpo que o sujeito experimenta o encontro com o outro e tem aumentada sua potência de agir, sua possibilidade de se fazer um sujeito que aprende. É possível ainda hipotetizar que a arte pode ampliar as possibilidades de aprender em contextos formais de educação, já que a linguagem artística pode produzir uma nova forma de reflexão, gerando uma racionalidade outra que possibilita outros processos psicológicos complexos mediados pelo afeto. Por meio da apropriação da arte circense se processou uma nova forma de sentir e assim, necessariamente, uma nova forma de pensar e agir. Concluímos que o processo de ensinar e aprender que ocorreu nas relações destes sujeitos na arte circense se iniciou no corpo, mas se constituiu na ampliação de novos processos cognitivos e afetivos, podendo ampliar outros processos psicológicos complexos, mediados pela experiência estética.

    e o texto completo pode ser baixado em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95071


  • Uma trajetória singular pelo rock gaúcho: os sentidos do trabalho acústico para um músico profissional

    Publicado em 13/05/2021 às 15:49

    A dissertação de Mestrado de autoria de Alexandre Collares Baiocchi e orientado pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2008 e tem o seguinte resumo:

    Esta dissertação teve como objetivo a compreensão do sentido do trabalho para um músico profissional. Com base nas contribuições da Psicologia Histórico-Cultural de Lev Vygotskyi e dos postulados ontológicos de Jean-Paul Sartre, compreendemos o sujeito como constituinte de um contexto sócio-histórico. Este sujeito, social desde o seu nascimento, é subjetividade, que está em constante relação com a objetividade do contexto, sendo este constituído de signos culturais. Enfocamos a profissão de músico como categoria de estudo, correlacionando com as categorias trabalho e emprego, partindo de uma análise histórica, enfatizando as transformações sociais, econômicas, tecnológicas e culturais de uma sociedade capitalista. Devido ao fato do sujeito da pesquisa ser um roqueiro, dedicamos parte da análise à emergência do rock no Brasil e no mundo, compreendendo o rock como um gênero musical. O método utilizado no estudo foi o progressivo-regressivo, oriundo dos postulados de Sartre, que compreende a relação do sujeito, constituinte de uma singularidade, com o mundo objetivo, buscando utilizar as contribuições da análise de discurso, principalmente, a partir da perspectiva de Mikhail Bakhtin. Na objetivação da história deste sujeito, podemos observar que o diálogo entre a singularidade e a universidade se faz expressão e fundamento de Fughetti como sujeito histórico. Por meio da (re) construção de sua história e de seu discurso, podemos compreender como a música e o trabalho acústico constituíram e continuam constituindo o movimento de subjetivação e objetivação de Fughetti, caracterizando o sentido do trabalho musical, na composição e na atividade sonora, como similar a própria vida.

    e o texto completo pode ser baixado em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91259


  • Sobre fotografia e (in)visibilidades: olhares de crianças com deficiência visual

    Publicado em 13/05/2021 às 15:46

    A dissertação de Mestrado de autoria de Laura Kemp de Mattos e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2011 e tem o seguinte resumo:

    A fotografia é uma produção de um único instante, um recorte do contexto, um “click” que é atravessado, marcado e direcionado pelo olhar de seu criador. Cumpre elucidar que a fotografia é compreendida como linguagem, como uma produção dialógica, de sujeitos que dialogam com o contexto de sua enunciação. Destarte, uma imagem fotográfica depende do olhar de quem a fotografou para a sua produção e dos olhares de quem a admira para ser lida, olhares esses socialmente constituídos. A partir desses pressupostos, utilizou-se a fotografia como modo de possibilitar atos de (re)invenção de si, tanto para os sujeitos com quem pesquisamos e para os pesquisadores como para todos os demais envolvidos no processo e nos produtos do pesquisar, contribuindo para ampliar a reflexão sobre os modos de (vi)ver o mundo. Assim, essa pesquisa in(ter)venção problematiza, a partir de imagens fotográficas produzidas por cinco crianças com deficiência visual seus olhares sobre o contexto em que vivem. A proposta é tensionar, com a mediação da fotografia, o olhar sobre a cegueira, sobre o que se vê e o que se deixa de ver, sobre as visibilidades e invisibilidades que caracterizam as relações estabelecidas com a realidade em que se vive. Em todas as relações humanas a linguagem é mediadora tanto do que se vê, se ouve e se imagina, como do que não se vê e não se ouve. Desse modo, também o olhar de um cego é um modo de (vi)ver o mundo, constituído a partir de outros modos de (vi)ver o mundo, socialmente fundados. Faz-se necessário enfatizar que considera-se o pesquisar como acontecimento, processo em constante movimento, interligado a outros acontecimentos. Com isso, se dá no encontro com os sujeitos, as crianças são protagonistas no processo de pesquisar e criam-se espaços de enunciação que possibilitam o pesquisarCOM. Para tanto, como metodologia de pesquisa desenvolvemos uma oficina estética com o grupo de crianças com quem pesquisamos. Na oficina foram realizadas atividades que possibilitavam a (re)criação do olhar e, para além dos encontros da oficina, as crianças foram convidadas a criar imagens fotográficas do contexto em que vivem. Ao objetivarem o modo como veem esse contexto nas imagens fotográficas, as crianças transformam olhares e ampliam suas experiências. Não só o que é visual pode constituir uma imagem, mas também outros elementos aparentemente invisíveis. As imagens criadas foram organizadas em quatro categorias de análise, quatro unidades temáticas que dialogam entre si. São elas: imagens que apresentam sentidos estabelecidos na relação com o contexto social, fotografias de objetos significativos, imagens de sons, cheiros e texturas e, por último, autoretratos fotográficos que objetivam olhares de si para o outro. A oficina estética foi registrada através de filmagens, fotografias e registros em diário de campo, e constituem, juntamente com o material produzido pelas crianças, o conjunto de informações analisadas. Com os resultados obtidos, pretende-se contribuir com o conhecimento no tocante aos processos de constituição do psiquismo de crianças com deficiência visual. Além disso, espera-se fornecer subsídios à formação de profissionais para atuar com crianças com deficiência, colaborando para (re)pensar estratégias pedagógicas acessíveis a todas as crianças. Estratégias estas, nas quais as limitações decorrentes da ausência da visão possam ser superadas por processos mediados semioticamente, viabilizando as trocas sociais e a plena inclusão da criança com deficiência visual no ambiente escolar. Nesse sentido, consideramos que a psicologia pode contribuir e subsidiar a reflexão necessária para a inclusão de todas as pessoas, independente de suas características pessoais.

    e o texto completo pode ser baixado em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95669


  • SOBRE ESCOLA E VIDA: ALGUNS (DES)ENCONTROS

    Publicado em 13/05/2021 às 15:45

    A tese de Doutorado de autoria de Marina Corbetta Benedet e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2013 e tem o seguinte resumo:

    O QUE FAZ UMA ESCOLA? SABERES, FAZERES, MUROS, PAREDES, CADEIRAS, CARTEIRAS, SALA DE AULA, QUADRO NEGRO (NÃO MAIS TÃO NEGRO). PESSOAS, VIDA. EM UM MUNDO CADA VEZ MAIS VELOZ, COM TRANSFORMAÇÕES, ATUALIZAÇÕES E MUDANÇAS COMO PREMISSAS PARA A REALIZAÇÃO DA PRÓPRIA VIDA, A INDAGAÇÃO SOBRE O QUE CONSTITUI UMA ESCOLA É ESSENCIAL, NA MEDIDA EM QUE, SE EM ALGUM TEMPO A ESCOLA SE PROPÔS A SER LUGAR DA INFÂNCIA E DE “PREPARAÇÃO DESTA PARA O MUNDO”, A PRÓPRIA ESCOLA NECESSITA DE ATUALIZAÇÃO, DE TRANSFORMAÇÃO. A PARTIR DESSA PERSPECTIVA É QUE ESTA TESE SE CONSTITUIU NA TENTATIVA DE COMPREENDER DE QUE MANEIRA A VIDA SE DESDOBRA NA ESCOLA E A ESCOLA SE DESDOBRA NA VIDA DOS SUJEITOS QUE NESSE ESPAÇO-TEMPO CONSTITUEM-SE E O CONSTITUEM. O QUE VOCÊ LEITOR(A) ENCONTRARÁ NESSAS PÁGINAS, ENTÃO, SÃO ALGUMAS HISTÓRIAS EXPERIMENTADAS E CONSTRUÍDAS NO PERÍODO QUE PASSEI JUNTO COM A TURMA DO QUARTO ANO DE UMA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC. ESSAS HISTÓRIAS FORAM CONSTRUÍDAS COM MUITAS VOZES, QUE ME …

    e o texto completo pode ser baixado em:

    https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3941966


  • Política, subjetividade e arte urbana: o graffiti na cidade

    Publicado em 13/05/2021 às 15:42

    A dissertação de Mestrado de autoria de Gabriel Bueno Almeida e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2013 e tem o seguinte resumo:

    ESTA PESQUISA TEVE COMO OBJETIVO REALIZAR UMA IMERSÃO ETNOGRÁFICA NA CULTURA DA ARTE URBANA DE FLORIANÓPOLIS. CARACTERÍSTICAS DESTACADAS DESTA CULTURA FORAM SUA DIMENSÃO POLÍTICA, SUA RELAÇÃO COM A CIDADE E COMO OS SUJEITOS NELA ENVOLVIDOS SE CONSTITUEM COMO GRAFITEIROS, PICHADORES, ARTISTAS. O MÉTODO ETNOGRÁFICO FOI COMPOSTO POR DUAS FRENTES: PRIMEIRO O PESQUISADOR VEIO A PRATICAR A ARTE DO GRAFFITI, ALÇANDO PROXIMIDADE COM OS DEMAIS PRATICANTES, BUSCANDO COMPREENDER SEUS CÓDIGOS E O QUE REPRESENTA REALIZAR TAIS PINTURAS PELA CIDADE; SEGUNDO FOI REALIZADO, PARALELAMENTE A ESCRITA DA PESQUISA, UM DOCUMENTÁRIO SOBRE O GRAFFITI DE FLORIANÓPOLIS. O DOCUMENTÁRIO PROPORCIONOU ACESSO AOS ARTISTAS E O REGISTRO DE SUAS AÇÕES E DEPOIMENTOS. A ETNOGRAFIA FOI ORIENTADA SEGUNDO A TEORIA DO ANTROPÓLOGO MASSIMO CANEVACCI, COMPONDO A COMPREENSÃO DA CIDADE E DA CULTURA DO GRAFFITI A PARTIR DE FRAGMENTOS E DE SEUS CÓDIGOS COMUNICACIONAIS. A PRODUÇÃO DO DOCUMENTÁRIO TEVE COMO ORIENTAÇÃO A TEORIA DE JEAN-LOUIS COMOLLI, ONDE …

    e o texto completo pode ser baixado em:

    https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=107574


  • Passe livre já: participação política e constituição do sujeito

    Publicado em 13/05/2021 às 15:41

    A dissertação de Mestrado de autoria de Marcela de Andrade Gomes e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2008 e tem o seguinte resumo:

    A presente dissertação, a partir do pensamento de L.S.Vygotsky, na interlocução com autores de diversas áreas e perspectivas teóricas, busca analisar de que forma a participação política no Movimento Passe Livre media a constituição dos sujeitos militantes, identificada nos sentidos que atribuem ao movimento, por sua vez, é constituído por estes sujeitos. A Campanha pelo Passe Livre de Florianópolis iniciou sua trajetória de lutas em 2000 e em 2004 o grupo se configurou como um movimento social que, inicialmente reivindicava a gratuidade no transporte público para estudantes e, atualmente, luta pela tarifa zero para todas as pessoas contemplando discussões referentes à mobilidade urbana. Este movimento social desenvolve diversas atividades que envolvem manifestações públicas, palestras, seminários, exposição de filmes, grupo de estudos, entre outras, realizadas nas escolas, ruas, diversas organizações e em/com outros movimentos sociais. Com a finalidade de analisarmos os processos de significação em torno desta militância, utilizamos a entrevista aberta, com um roteiro norteador, que foram realizadas individualmente com cinco militantes. Além disso, utilizamos a observação participante durante dois anos, nas diversas atividades do movimento, que foram registradas em um diário de campo. Realizamos um levantamento documental para, na dialogia com as falas dos entrevistados, contextualizarmos este movimento social. A análise desta pesquisa demonstrou que a família, a escola, a universidade e as amizades foram significadas como mediadores fundamentais para que o sujeito se interessasse pela participação política. O estilo de militância que marca a identidade coletiva do Movimento Passe Livre, fortemente marcado pelas características dos novos movimentos sociais, se revelou atrativo para que o sujeito escolhesse por esta participação política. Além disso, percebemos que esta forma de organização mais horizontal e participativa, possibilita novas formas do sujeito se apropriar de sua condição de autoria na história do movimento e da sua própria existência. Por fim, notamos que a militância no Movimento do Passe Livre possibilita que o sujeito construa relações ético-estéticas, criando novas formas de se relacionar com o outro e consigo mesmo.

    e o texto completo pode ser baixado em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/91149


  • Os signos satíricos do feminino no espaço do não-caber: os processos de criação de Silvia Teske

    Publicado em 13/05/2021 às 15:40

    A tese de Doutorado de autoria de Luciana Machado Schmidt e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2008 e tem o seguinte resumo:

    A presente pesquisa tem como objetivo investigar os processos de criação em linguagem visual de Sílvia Teske, procurando dar visibilidade à elaboração estética de seu estilo singular de criação plástica. Um dos principais postulados dessa investigação é o de que a compreensão de como operam os processos de criação de um sujeito que cria plasticamente constitui um lócus privilegiado tanto para a investigação do funcionamento do psiquismo humano em movimento, quanto para a visibilidade da consciência estética contemporânea, uma vez que o sujeito criador é, simultaneamente, produtor cultural e produto da cultura. O sujeito estudado é Sílvia Teske, artista visual, graduada em Licenciatura em Artes Plásticas, nascida e residente em Brusque, Santa Catarina. A matriz teórico-epistemológica da presente investigação é a Psicologia Histórico-Cultural de Vygotski e o método utilizado é o proposto pelo psicólogo Bielorusso em sua obra. Foram dois os recursos metodológicos utilizados nessa pesquisa: 1) Entrevistas e 2) Videografia. Os registros videogravados foram coletados em dois momentos: 1) Durante a realização das entrevistas; 2) Em sessões em que o sujeito estava criando in loco em seu ateliê. Dois processos de criação foram escolhidos para serem analisados, por constituírem as principais atividades criadoras do sujeito no momento da investigação: 1) a pintura em tela e 2) a assemblage a partir da criação de objetos tridimensionais – denominados “caixinhas” – utilizando técnicas mistas. Na análise dos dados procurou-se encontrar uma unidade na poética visual criada por Sílvia Teske. Constatou-se que o universo feminino é uma temática constante em suas obras e que o sujeito criador faz uso do humor e da sátira para construir, desconstruir e/ou reconstruir os signos visuais que constituem seu trabalho, de forma lúdica e dialética. Conseqüentemente, as criações plásticas de Sílvia Teske podem ser lidas como uma.crítica social da condição feminina na contemporaneidade, objetivada em signos visuais…que o sujeito criador faz uso do humor e da sátira para construir, desconstruir e/ou.reconstruir os signos visuais que constituem seu trabalho, de forma lúdica e dialética. Conseqüentemente, as criações plásticas de Sílvia Teske podem ser lidas como uma.crítica social da condição feminina na contemporaneidade, objetivada em signos visuais.

    e o texto completo pode ser baixado em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91114


  • O Paraíso das crianças da Cidade dos Príncipes: a polifonia urbana revelada em imagens fotográficas

    Publicado em 13/05/2021 às 15:37

    A dissertação de Mestrado de autoria de Gisele Schwede e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2010 e tem o seguinte resumo:

    Esta pesquisa teve como objetivo investigar os sentidos que um grupo de crianças atribui às relações que estabelecem com a cidade. Para isso, privilegiaram-se as teorias do autor Lev Semenovitch Vigotski e de autores do Círculo de Bakhtin como guias para a compreensão da constituição subjetiva das crianças participantes da pesquisa, todas com idades entre dez e doze anos e residentes na cidade de Joinville/SC. Para a coleta de informações foram adotados os seguintes procedimentos: observações no bairro em que elas vivem e na escola em que estudam; desenvolvimento de uma Oficina de Fotografias; entrevistas permeadas pela leitura das imagens fotográficas por elas produzidas. As análises a que foram submetidas estas informações apontaram para a emergência de quatro categorias: as possibilidades e impossibilidades de acesso à cidade; a violência; a cidade e o trabalho nela desenvolvido e; ser criança na cidade. As imagens fotográficas produzidas pelas crianças pesquisadas mostram prioritariamente o bairro em que residem, o que suscitou a reflexão acerca das (im)possibilidades de uso e circulação na cidade e as experiências daí decorrentes. Revelam ainda os jogos de visibilidade e invisibilidade que as imagens fotográficas têm o potencial de desvelar acerca do que está disponível para o exercício do olhar de crianças que ocupam determinados espaços da cidade. Além disso, a investigação indica que as crianças reconhecem haver circunstâncias em que ocupam uma situação de exclusão social e de falta de garantia de direitos, pois criticam tais circunstâncias e os efeitos daí decorrentes. Nas relações que estabelecem com a cidade, as crianças revelam que o trabalho ocupa lugar central na organização do cotidiano de suas famílias e delas próprias, que precisam se adaptar à rotina de trabalho dos pais. Elas associam o trabalho à geração de renda e consequente subsistência das famílias, bem como, à dignificação da condição do sujeito trabalhador. As crianças denotam ainda que sentem os efeitos da violência na cidade, à medida que tomam conhecimento de atos violentos acontecendo muito próximo a elas ou mesmo dentro de suas casas. A pesquisa realizada propiciou conhecer, através dos olhares das crianças, várias cidades na cidade: a cidade idealizada, fomentada por certos discursos e que remete a seu mito fundador; a cidade real, que faz emergir o medo, que é precária em alguns aspectos, que às vezes é distante, às vezes é bonita. Cidade, enfim, que é o cenário para múltiplas e diversificadas experiências.

    e o texto completo pode ser baixado em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93485


  • O Humano Em Womanity: publicidade e processos de subjetivação

    Publicado em 13/05/2021 às 15:35

    A dissertação de Mestrado de autoria de Dâmaris de Oliveira Batista da Silva e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2012 e tem o seguinte resumo:

    A cultura da comunicação transforma e cria uma nova forma urbana, a comunicação urbana que produzida é para nos capturar e com maior intensidade nessa sociedade do consumo. Há na comunicação publicitária uma proposta ideológica, pois cada signo é dirigido a alguém e o diálogo é constituído pelo poder. Nossa inserção no mundo define e é definida por tempos e espaços de circulação e vivência; estes delimitam e possibilitam a constituição dos sujeitos Na partilha do sensível nesta sociedade do consumo, o discurso publicitário constrói um comum que disponível está a todos, mas ao mesmo tempo nos singulariza pelo poder de compra. Temos uma dimensão política na comunicação publicitária. Com o objetivo de compreender que perspectivas de humano e humanidade sustentam e possibilitam Womanity, estudamos o perfume, a proposta da plataforma, a fotografia e o filme, elementos integrantes da campanha publicitária. Percebemos que o olfato tem sido um sentido esquecido pelas pesquisas em Psicologia, enquanto a indústria do perfume cresce no país e a propaganda do mesmo presente está em muitos espaços. Fragrâncias são criadas em consonância com um tempo, um espaço e os valores que ali são forjados. As estratégias de marketing criadas são para atrair, manter e fidelizar consumidores em torno do produto. A comunicação do marketing reflete e refrata o mundo; vem dele ao mesmo tempo em que o transforma. Para os tempos contemporâneos, a comunicação publicitária é inseparável das estratégias de sobrevivência das mercadorias. E essas, as mercadorias, inseparáveis são dos sujeitos inseridos num tempo em que consumir é condição para ser, pertencer e se relacionar. Estudamos os enunciados da campanha. Concluímos que para os tempos contemporâneos, a comunicação publicitária é inseparável das estratégias de sobrevivência das mercadorias. E essas, as mercadorias, inseparáveis são dos sujeitos inseridos num tempo em que consumir é condição para ser, pertencer e se relacionar. As estratégias de propaganda e publicidade, então, se mostraram potencialmente detentoras de uma dimensão artística e política, no sentido de que mobilizam e provocam o modo como nos organizamos em sociedade. Definimos tais dimensões seja pela perspectiva econômica, pois convida ao consumo, seja pela perspectiva em que possibilita a construção de significados de pertencimento, participação e prazer estético. A humanidade, em Womanity, tensiona diversas dicotomias, como fragrância masculina e fragrância feminina, tempo passado e tempo futuro, eu e você, emissor e receptor; e discorre sobre o compartilhamento, o encontro, a mistura de cores, espaços, sabores, odores, elementos tido como contrastantes, para os colocar em um mesmo tempo, espaço e lugar criando mudanças.

    e o texto completo pode ser baixado em:

    http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/99494


  • MÚSICA(S), SUJEITO(S) E CIDADE(S)…DIÁLOGO(S): O RAP EM BLUMENAU

    Publicado em 13/05/2021 às 15:33

    A tese de Doutorado de autoria de Jaison Hinkel e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2013 e tem o seguinte resumo:

    ESTA PESQUISA TEVE POR OBJETIVO INVESTIGAR AS RELAÇÕES ENTRE APROPRIAÇÃO MUSICAL DO RAP, CIDADE E (RE)INVENÇÃO DO SUJEITO, PERGUNTANDO SE (E COMO) ESTAS RELAÇÕES PODEM ENGENDRAR NOVAS FORMAS DO SUJEITO AGIR NO MUNDO A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA ESTÉTICA, POSSIBILITANDO UMA (RE)INVENÇÃO DE SI E DE SUAS RELAÇÕES COM A CIDADE. PARA TANTO, FOI PRECISO CIRCULAR PELA CIDADE, PARTICIPAR DE EVENTOS DE HIP-HOP E SHOWS DE RAP, ESCUTAR MÚSICAS, APRECIAR GRAFFITIS, ASSISTIR VIDEOCLIPES, LER DIFERENTES MATERIAIS (LIVROS, REVISTAS, JORNAIS, PUBLICAÇÕES VIRTUAIS, ETC.), CONVIVER E CONVERSAR COM JOVENS ATUANTES NA CENA HIP-HOP BLUMENAUENSE (ARTISTAS E PÚBLICO EM GERAL). ESTAS AÇÕES FORAM INTENSAMENTE REALIZADAS DURANTE TODO O CURSO DE DOUTORADO, ESPECIALMENTE ENTRE O PERÍODO DE MARÇO DE 2011 A MARÇO DE 2012. DENTRE TODOS OS CONTATOS REALIZADOS, ONZE JOVENS FORAM ESCOLHIDOS PARA PARTICIPAR DESTA PESQUISA, ENTRE RAPPERS, GRAFITEIROS, B.BOYS, DJ’S E OUVINTES. AS MÚSICAS, OS GRAFFITIS, AS DANÇAS, OS VIDEOCLIPES, AS PERFORMANCES E

    e o texto completo pode ser baixado em:

    https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=137828