Teatro sem vergonha: jovens, oficinas estéticas e mudanças nas imagens de si mesmo

30/11/2021 13:00

Artigo publicado por Janaína Rocha Furtado, Déborah Levitan, Andréia Piana Titon, Percy Francisco Velarde Castillo & Andréa Vieira Zanella na Revista Psicologia: Ciência e Profissão tem o seguinte resumo:

A importância da arte para o desenvolvimento humano e para a produção de mudanças nos modos de viver e de avaliar a realidade vem sendo cada vez mais reconhecida. Considerando a frequente utilização de atividades artísticas como meio e forma de intervenção no trabalho com jovens, objetivou-se, nesta pesquisa-intervenção, problematizar a potencialidade dessas atividades para a modificação da imagem de si mesmo que jovens apresentam. Uma oficina de improvisação teatral oferecida a jovens residentes em uma região periférica da cidade de Florianópolis, SC consistiu no lócus da pesquisa. Todas as oficinas foram filmadas, e foram coletadas informações com cinco jovens do sexo feminino por meio de entrevistas realizadas em dois momentos: no decorrer das primeiras semanas do curso e três meses após o seu término. Constatou-se que a oficina de improvisação teatral possibilitou, por um lado, expressar, apreciar e transformar os afetos e as vivências das jovens participantes; por outro lado, fez com que a arte de (re)criar estimulasse o diálogo entre as jovens participantes, pois promoveu caminhos e desafios diversos em relação ao (re)criar no exercício teatral e ao estar com um outro.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://www.scielo.br/j/pcp/a/m6TnFdHs4n6M5dj5mCrhZvm/abstract/?lang=pt

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Jovens de baixa renda de Florianópolis/SC e suas relações na e com a cidade

13/05/2021 16:03

A dissertação de Mestrado de autoria de Andréia Piana Titon e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2008 e tem o seguinte resumo:

Esta pesquisa tem como objetivo investigar as relações de um grupo de jovens de baixa renda na e com a cidade de Florianópolis/SC, sendo a juventude compreendida como uma categoria social construída na modernidade e determinada pelo contexto histórico-cultural em que os.jovens estão inseridos. Participaram da pesquisa nove jovens, todos moradores de localidades de periferia da cidade de Florianópolis/SC. Para a coleta de informações, foram realizadas entrevistas iniciais, registros fotográficos da cidade pelos participantes, entrevista a partir das imagens registradas, além de observações participantes. A partir dos dados coletados foram analisadas, à luz das contribuições de Vigotski e Bakhtin, as condições sociais, culturais e.históricas em que vivem esses jovens, as relações que estabelecem entre si e com os contextos dos quais participam, mediadas pelo lugar social que ocupam na cidade. Conclui-se que a vivência do tempo da juventude está diretamente vinculada às (im)possibilidades do contexto social mais amplo do qual os jovens participam/fazem parte, assim como suas estratégias de sobrevivência e resistência cotidianas. Além disso, apesar desses jovens fazerem parte do mesmo segmento social e ocuparem áreas desvalorizadas da cidade, as experiências destes na/com a cidade são apropriadas de modo particular, que remete à singularidade dos sujeitos, aos acontecimentos e experiências que o cotidiano impõe a estes jovens e à forma como destes se apropriam.

e o texto completo pode ser baixado em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/92117

Tags: Andreia Piana Titoncidadejovens de baixa rendaVigotski

PSICOLOGIA ESCOLAR EM CONTEXTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE UM TRABALHO CONSTRUÍDO EM PARCERIA

13/05/2021 12:52

 

A tese de Doutorado de autoria de Andreia Piana Titon e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2019 e tem o seguinte resumo:

ESTA PESQUISA APRESENTA E PROBLEMATIZA AS CONDIÇÕES, LIMITES E POTÊNCIAS DE UMA PRÁTICA EM PSICOLOGIA CONSTRUÍDA EM PARCERIA COM TÉCNICAS, DOCENTES E ESTUDANTES DE UM CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM UM CAMPUS DO INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA (IFSC). FOI DESENVOLVIDA A PARTIR DA ATUAÇÃO DA AUTORA NA COORDENADORIA PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO, A QUAL É COMPOSTA POR UMA EQUIPE INTERDISCIPLINAR IMPLEMENTADA PARA ATUAR NA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL E NO APOIO PEDAGÓGICO. A PESQUISA-INTERVENÇÃO FOI A ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ADOTADA COM O INTUITO DE INVESTIR NA CONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS INSTITUCIONAIS QUE POSSIBILITASSEM A CIRCULAÇÃO DE DISCURSOS E O DESENVOLVIMENTO DOS/AS PARTICIPANTES. FOI REALIZADA NO PERÍODO DE OUTUBRO DE 2015 A DEZEMBRO DE 2016, DURANTE O QUAL A AUTORA COORDENOU UM PROJETO DE EXTENSÃO EM PARCERIA COM AS DEMAIS PROFISSIONAIS DA COORDENADORIA PEDAGÓGICA, DOCENTES E ESTUDANTES. ESSE PROJETO DE EXTENSÃO ENVOLVEU A REALIZAÇÃO DE OFICINAS ESTÉTICAS COM DOIS GRUPOS DE JOVENS DO TÉCNICO INTEGRADO E OFICINAS COM DUAS TURMAS DE 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DA CIDADE. A PRODUÇÃO E REGISTRO DAS INFORMAÇÕES COMPREENDEU DIÁRIO DE CAMPO, REGISTROS FOTOGRÁFICOS, REGISTROS EM VÍDEO DE ALGUNS ACONTECIMENTOS, GRAVAÇÃO EM ÁUDIO DE TODAS AS ATIVIDADES REALIZADAS (OFICINAS, REUNIÕES DE PLANEJAMENTO E ENTREVISTAS) E DOCUMENTOS, TAIS COMO OS RELATÓRIOS (ATAS) DAS REUNIÕES DE PLANEJAMENTO. A PESQUISA FUNDAMENTOU-SE NAS CONCEPÇÕES DE SUJEITO DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL E AS INFORMAÇÕES FORAM ANALISADAS A PARTIR DA ANÁLISE DO DISCURSO NA PERSPECTIVA DO CÍRCULO DE BAKHTIN. OS RESULTADOS DESTE ESTUDO SÃO APRESENTADOS NA FORMA DE ARTIGOS, E COMPREENDEM: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA SOBRE A ATUAÇÃO DOS/AS PSICÓLOGOS/AS NOS INSTITUTOS FEDERAIS; A ANÁLISE E PROBLEMATIZAÇÃO DE FALAS E DIÁLOGOS COM OS/AS PARTICIPANTES SOBRE TEMÁTICAS TRABALHADAS NAS OFICINAS, MEDIADAS POR LINGUAGENS ARTÍSTICAS, DESTACADAS COMO SIGNIFICATIVAS PELOS/AS JOVENS, TAIS COMO IDENTIDADE, ALTERIDADE, PRECONCEITOS E DISCRIMINAÇÕES NO COTIDIANO ESCOLAR; A PROBLEMATIZAÇÃO DE ACONTECIMENTOS RELACIONADOS À QUESTÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE QUE EMERGIRAM NAS OFICINAS ESTÉTICAS E EM OUTROS ESPAÇOS DO CAMPUS DURANTE A PESQUISA-INTERVENÇÃO; A APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE EXTENSÃO, ANALISANDO AS TENSÕES E POTENCIALIDADES QUE EMERGIRAM A PARTIR DA PARCERIA COM DIFERENTES ATORES DO CAMPUS. CONCLUI-SE QUE É FUNDAMENTAL QUE A PSICOLOGIA EM CONTEXTOS ESCOLARES INVISTA EM MEDIAÇÕES, CONSTRUÍDAS EM PARCERIA COM OUTROS/AS PROFISSIONAIS E ESTUDANTES, QUE POSSIBILITEM A CIRCULAÇÃO DE DISCURSOS E O DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR. DIANTE DOS DESAFIOS NA IMPLEMENTAÇÃO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS, É NECESSÁRIO A PARCERIA COM OS/AS DIFERENTES PARTÍCIPES DO PROCESSO EDUCATIVO, A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA CRÍTICA DE SUJEITO E DE EDUCAÇÃO, QUE POSSIBILITEM A INVENTIVIDADE DOS/AS PROFISSIONAIS EM (RE)CRIAR PRÁTICAS COLETIVAS DIANTE DAS CONDIÇÕES CONTEXTUAIS. NESSE SENTIDO, DEFENDO A TESE DE QUE HÁ UM LEGADO DA PSICOLOGIA HISTORICAMENTE CONSTRUÍDO NUMA PERSPECTIVA CRÍTICA QUE PODE CONTRIBUIR PARA A PROPOSIÇÃO DE MEDIAÇÕES, EM PARCERIA COM OUTROS ATORES INSTITUCIONAIS, PROMOTORAS DE DESENVOLVIMENTO TANTO DOS/AS ESTUDANTES QUANTO DOS/AS PROFISSIONAIS. PARA ISSO É IMPRESCINDÍVEL A APOSTA NAS ABERTURAS DAS RELAÇÕES INSTITUÍDAS QUE POSSIBILITEM A CIRCULAÇÃO DE DISCURSOS E A CONSTRUÇÃO DE NOVOS POSSÍVEIS. TAMBÉM É NECESSÁRIO UM OLHAR CONSTANTE PARA OS PARADOXOS E CONTRADIÇÕES DO COTIDIANO INSTITUCIONAL, PARA AS RELAÇÕES INSTITUÍDAS, BEM COMO A REFLEXÃO E UM ARRISCAR E APOSTAR NA CRIAÇÃO E RECRIAÇÃO DE NOVAS PRÁTICAS COM A COMUNIDADE ESCOLAR, INVESTINDO NAS ABERTURAS PARA POSSIBILIDADES OUTRAS.

e o texto completo pode ser baixado em:

https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219171

Tags: Andreia Piana Titoneducação profissional e tecnológicainterdisciplinaridadeoficinas estéticaspsicologia escolar e educacional