Raça e subjetividade: do campo social ao clínico

02/11/2021 13:19

Artigo publicado por Lia Vainer Schucman e Monica Mendes Gonçalves na revista Arquivos Brasileiros de Psicologia tem o seguinte resumo:

Este artigo tem como objetivo abordar as diferentes formas como raça e racismo penetram no campo social e se inscrevem singularmente nos sujeitos. De outro modo, pretende, a partir do campo das relações raciais, discorrer sobre as formas como esses sistemas, polissêmicos, multiformes, mercuriais e sempre em transição, são vividos, significados, apropriados e introjetados pelas pessoas e se incorporam à subjetividade, conformando este constructo. Tomando raciocínio e metodologia da psicologia sócio-histórica, são consideradas, ainda, formas de abordar as questões raciais no contexto clínico de atuação do psicólogo a partir dos elementos que a própria raça e sua dinâmica apontam como caminho em direção à sua subversão.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1809-52672020000300009

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Raça, Corpo e Arte contribuições de artistas negras/os para a reinvenção do mundo

16/05/2021 19:24

Artigo publicado por Orlando Afonso Camutue Gunlanda e Andrea Vieira Zanella na revista Revista Aphoteke tem o seguinte resumo:

Neste artigo discutimos a contribuição de artistas negras/os africanas/os e afrodescendentes no debate sobre a reinvenção do mundo. A partir da análise de obras de Michael Armitage, Frida Orupabo e Rosana Paulino, problematizamos o modo como essas artistas trabalham as violências que incidem sobre o corpo negro enquanto resultado do colonialismo, racismo e escravização. O diálogo com essas obras nos permite afirmar a importância da arte afro-diaspórica para o tensionamento das práticas racistas que perduram na atualidade, condição para a reinvenção do próprio mundo.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link

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Entre o encardido, o branco e o branquíssimo: branquitude, hierarquia e poder na cidade de São Paulo.

13/05/2021 21:01

Este livro foi um dos responsáveis por tornar o termo “branquitude” conhecido no Brasil. Se concordamos que a “linguagem é a consciência real, prática”, o que a professora Lia Vainer Schucman faz ao destacar este termo em seu livro Entre o Encardido, o Branco e o Branquíssimo, de 2014, foi uma pequena revolução.

Para mais informações visite o site da editora: link

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Entre o “encardido”, o “branco” e o “branquíssimo”: raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana

13/05/2021 13:10

A tese de Doutorado de autoria de Lia Vainer Schucman e orientada pela Professora Leny Sato foi defendidada no ano de 2012 e tem o seguinte resumo: O objetivo desta tese é compreender e analisar como a ideia de raça e os significados acerca da branquitude são apropriados e construídos por sujeitos brancos na cidade de São Paulo. A branquitude é entendida aqui como uma construção sócio-histórica produzida pela ideia falaciosa de superioridade racial branca, e que resulta, nas sociedades estruturadas pelo racismo, em uma posição em que os sujeitos identificados como brancos adquirem privilégios simbólicos e materiais em relação aos não brancos. Para a realização deste trabalho apresento uma abordagem conceitual dos estudos sobre branquitude dentro da psicologia social e das ciências humanas. Apresento também seus desdobramentos para o entendimento do racismo contemporâneo, bem como revisão teórica de como o conceito de raça foi produzido a partir do pensamento acadêmico europeu do século XIX e reproduzido no pensamento social paulistano. A pesquisa de campo foi desenvolvida por meio da realização de entrevistas e conversas informais com sujeitos que se auto identificaram como brancos de diferentes classes sociais, idade e sexo. Nosso intuito era compreender a heterogeneidade da branquitude nesta cidade. As análises demonstraram que há por parte destes sujeitos a insistência em discursos biológicos e culturais hierárquicos do branco sob outras construções racializadas, e, portanto, o racismo ainda faz parte de um dos traços uni” cadores da identidade racial branca paulistana. Percebemos também que os significados construídos sobre a branquitude exercem poder sobre o próprio grupo de indivíduos brancos, marcando diferenças e hierarquias internas. Assim, a branquitude é deslocada dentro das diferenças de origem, regionalidade, gênero, fenótipo e classe, o que demonstra que a categoria branco é uma questão internamente controversa e que alguns tipos de branquitude são marcadores de hierarquias da própria categoria.

e o texto completo pode ser baixado em:

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-21052012-154521/pt-br.php

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