JOVENS E CIDADES: A EXPERIÊNCIA DO PROJETO ARTEURBE

30/11/2021 12:50

Artigo publicado por Renan De Vita Alves Brito, Andréa Zanella na Revista Polis e Psique tem o seguinte resumo:

A temática da cidade como espaço de constituição do sujeito vem se caracterizando como objeto de discussões em diferentes campos. O assunto é discutido neste texto via experiência de um projeto de pesquisa-intervenção alicerçado na oferta de oficinas estéticas para jovens com a mediação de linguagens artísticas da arte urbana. Foram analisadas as produções gráficas decorrentes das oficinas e os discursos dos jovens sobre a urbe. O referencial para análise foi a teoria histórico-cultural, a qual concebe toda e qualquer pessoa como ser constituído no contexto social do qual é parte e ativamente participa. Constatou-se que as cidades produzidas pelos jovens eram diferentes e únicas, divergentes das imagens da cidade veiculadas pela mídia. A reinvenção da urbe e de si mesmos via atividades estéticas afirmou-se, por sua vez, como possibilidade no contexto das oficinas estéticas, configurando-as como espaços para a reinvenção das relações dos jovens com a cidade.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/26715

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As múltiplas cidades na cidade: as relações estéticas dos catadores de material reciclável com a polifonia urbana

13/05/2021 15:55

A tese de Doutorado de autoria de Daiani Barboza e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2012 e tem o seguinte resumo:

Uma cidade é feita de sons, imagens, linguagens, arquiteturas, subjetividades, trajetos, contradições, (im)possibilidades. Considerando a polifonia que caracteriza os espaços urbanos, esta pesquisa de cunho etnográfico teve como escopo as relações dos catadores de material reciclável (CMR) com a/na cidade. Os objetivos foram: analisar as imagens da cidade produzidas pelos CMR; identificar os movimentos de resistência dos CMR; investigar em quais condições os CMR estabelecem relações estéticas com a cidade. A tese sustentada é de que os CMR, em suas andanças, estabelecem relações estéticas com/na cidade, resistem e afirmam cotidianamente seu lugar na tessitura urbana. Essa perspectiva estética, fundamentada nas contribuições de Bakhtin e seu círculo, é entendida como relação e tem como pressuposto o “acabamento” que o outro nos dá, posto que é nas relações com esses múltiplos “outros” que nos constituímos inevitavelmente. Participaram da pesquisa seis CMR que habitam três bairros de periferia de uma cidade de médio porte no sul de Santa Catarina – Brasil. Para a produção de informações, cada sujeito recebeu uma câmera fotográfica para registrar imagens das suas relações com a urbe. Em outro momento, em suas residências, foram realizadas conversas informais acerca das narrativas fotográficas por eles produzidas. Outro procedimento para produção de informações foi o caminhar com os CMR pelas vias em que costumam transitar ao realizar suas atividades de catação. As informações coletadas foram registradas por meio de videografia e anotações em diário de campo. Foi realizada análise de discurso das narrativas fotográficas e das andanças pela cidade a partir das contribuições de Vigotski, Bakhtin e autores contemporâneos que trabalham com o referencial desses autores. A pesquisa possibilitou evidenciar as lutas cotidianas dos CMR, as dificuldades que enfrentam, como resistem e criam estratégias de sobrevivência, o modo como habitam a cidade e como esta os constitui. As imagens que produziram falam de suas trajetórias na cidade, do trabalho de catação, do lugar de moradia, de suas condições de vida; falam também de suas relações afetivas, bem como sobre o percurso dos resíduos urbanos que coletam e como os significam. Cada objeto que encontram é destinado à reciclagem, reutilizado ou descartado a partir das relações estéticas estabelecidas com eles. Entre as principais dificuldades que encontram no cotidiano citadino estão: trabalho insalubre e a condição de informalidade, trabalho individual, problemas com a saúde, conflitos e dificuldades no trânsito. Os CMR vivem dos restos da sociedade de consumo, trabalham sob a ótica da sustentabilidade e cumprem um importante papel social em prol da defesa do meio ambiente, porém não são reconhecidos pelo trabalho que fazem. Em virtude dessa condição, a pesquisa permitiu afirmar que, no cenário urbano, compete às políticas públicas na área ambiental, social e de saúde levar em conta o modo como os CMR habitam a cidade para contribuírem com a potencialização da sua cidadania em suas múltiplas facetas. Fundamental, para tanto, é o reconhecimento de que tais políticas públicas precisam ser pensadas em inesgotável diálogo com esses sujeitos, considerando as características das relações que estabelecem com as cidades evidenciadas nesta pesquisa.

e o texto completo pode ser baixado em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96214

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Ler, escrever, inscrever: os discursos de alunos(as) e professores sobre as (im)possibilidades de relações estéticas com a linguagem escrita

13/05/2021 15:30

A tese de Doutorado de autoria de Silmara Carina Dornelas Munhoz e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2008 e tem o seguinte resumo:

A linguagem é condição para o ser humano produzir cultura e, simultaneamente, constituir-se como sujeito. É, ao mesmo tempo, uma via de comunicação que transcende limites espaciais e temporais, viabiliza a produção/apropriação da história e uma realidade axiológica habitada por um conjunto de vozes sociais que dialogam entre si. Essas vozes, por sua vez, são constitutivas do sujeito, dos seus modos de vida, pensar, sentir e agir. Em relação à linguagem escrita, a dialogia e sua dimensão constitutiva são também características: nota-se que a aguçada imaginação da criança percorre o universo das letras e, dessa viagem, emergem novas possibilidades de leituras da realidade em que se insere e diferentes maneiras de inscrever-se no contexto. Entretanto, é comum a idéia tanto em contextos escolares como familiares, de que a linguagem escrita consiste somente em um conjunto de sinais regidos por sentidos fixos, imutáveis e a-históricos, a serem transmitidos ao outro e por este assimilado. Contudo, nesta tese aforma-se que, mesmo nesses contextos, os sujeitos estabelecem (ou podem vir estabelecer) relações estéticas com a linguagem escrita. Relações estéticas viabilizam a realização de outras leituras do mundo, fundadas em diferentes possibilidades de sentir, escutar, olhar que, por sua vez, são condições para transformar o instituído. Para o desenvolvimento da pesquisa foram realizadas entrevistas individuais com nove crianças, sendo cinco meninos e quatro meninas, com idade entre nove e doze anos, alunos de 4º e 5º anos do Ensino Fundamental de uma Escola Classe (pública) do Plano Piloto, na cidade de Brasília – DF. Também participaram do estudo suas respectivas professoras. As crianças tinham sido sujeitos de pesquisa anterior (Munhoz, 2003), o que consisistiu uma oportunidade ímpar para o reencontro da pesquisadora com as crianças. Foram analisados, à luz do enfoque Histórico-Cultural em Psicologia e das contribuições do Círculo de Bakthin, o discurso dos educandos e suas professoras em relação às (im)possibilidades de constituírem relações estéticas com a linguagem escrita. O estudo evidenciou que as crianças são capazes de estabelecer este tipo de relação em contextos diversos, possibilitando a (des) (re) reconstrução de sentidos até então considerados fixos e, assim, (re) inventarem-se como sujeitos. As professoras, por sua vez, têm mais dificuldade de estranhar e resistir ao instituido. Faltam-lhes contextos e experiências significativas que permitam o estabelecimento de relações estéticas com o mundo das letras e de (re)inscreverem a própria história. A trajetória percorrida nesta pesquisa viabilizou reconhecer a complexidade, relações e movimentos que constituem sujeitos e suas (im)possibilidades de imaginar e criar por intermédio da linguagem escrita.

e o texto completo pode ser baixado em:

http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91283

Tags: imaginaçãolingiagem escritarelações estéticasSilmara Carina Dornelas Munhoz

EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO/TRABALHO NO SUS: SENTIDOS PARA ESTUDANTES EM OFICINAS ESTÉTICAS INSERIDOS NO PET-SAÚDE

13/05/2021 15:26

A tese de Doutorado de autoria de Carlos Eduardo Maximo e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2013 e tem o seguinte resumo:

O OBJETIVO DESTE ESTUDO FOI COMPREENDER A EXPERIÊNCIA DE INSERÇÃO DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DE CURSOS DA ÁREA DA SAÚDE EM UM PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ENSINO/SERVIÇO. OS ESTUDANTES PARTICIPANTES DA PESQUISA CURSAM EDUCAÇÃO FÍSICA, FARMÁCIA, FISIOTERAPIA, FONOAUDIOLOGIA, NUTRIÇÃO E PSICOLOGIA NO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ. O PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ENSINO/SERVIÇO É O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PELO TRABALHO PARA A SAÚDE – PET SAÚDE. O NÚCLEO PET QUE SERVIU DE CONTEXTO PARA A PESQUISA FOI O MULTIPROFISSIONAL, DISTRIBUÍDO EM SEIS UNIDADES DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ, SANTA CATARINA. PARTICIPARAM DA PESQUISA ESTUDANTES QUE FAZEM PARTE DE UM GRUPO DE TRINTA SUJEITOS DOS DIFERENTES CURSOS MENCIONADOS ENVOLVIDOS COM O PET. A TESE, DESENVOLVIDA A PARTIR DESTA PESQUISA, INDICA QUE A OFERTA DE EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO/TRABALHO COM POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO DE SENTIDOS ESTÉTICOS É CAPAZ DE AMPLIAR OU TRANSFORMAR AS RELAÇÕES DOS ESTUDANTES, EM SUA TRAJETÓRIA ENTRE A UNIVERSIDADE E OS SERV

e o texto completo pode ser baixado em:

https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=142103

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