NUPRA de portas abertas convida: Casé Angatu Xukuru Tupinambá

18/05/2021 16:50

O Núcleo de Pesquisa em Práticas Sociais, Estética e Política (NUPRA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebeu o professor Casé Angatu Xukuru Tupinambá para uma mesa redonda virtual sobre relações étnico-raciais, estética e política no dia 18 de maio.

O evento faz parte do NUPRA-Convida com o tema Relações Étnico Raciais, Estética e Política. O núcleo é vinculado ao Departamento de Psicologia e ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP).

Casé Angatu é doutor em História e Cultura da Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (FAU/USP). Atualmente, é professor na Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC (Ilhéus/Bahia) e docente externo do curso de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul. A mediação do encontro foi feita pela professora Lia Vainer Schucman.

A ação de extensão NUPRA de portas abertas visa promover o desenvolvimento e a divulgação de trabalhos e reflexões sob o eixo temático Relações Étnico Raciais, Estética e Política por meio de duas veredas: convidados externos e internos ao núcleo: NUPRA-convida e NUPRA-estudos. O objetivo é ampliar o espaço de interlocução entre as/os pesquisadoras/es vinculadas/os ao núcleo e suas/seus colaboradoras/es atuais e egressas/os, bem como com profissionais da psicologia, áreas afins e comunidade em geral.

A gravação da live pode ser assistida no canal do NUPRA no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=2Luf5gaTmY8

Tags: estéticapolíticaPovos Indígenasrelações étnico-raciais

SOCIEDADE KÊNIA CLUBE: MEMÓRIA E RESISTÊNCIA DA POPULAÇÃO NEGRA EM JOINVILLE/SC

13/05/2021 13:03

A dissertação de Mestrado de autoria de Orlando Afonso Camutue Gunlanda e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2020 e tem o seguinte resumo:

Esta dissertação teve como objetivo principal investigar o modo como a Sociedade Kênia Clube (SKC) tensiona a produção social da memória sobre a população negra na cidade de Joinville, Estado de Santa Catarina. A SKC foi fundada em 1960 e faz parte da rede de clubes sociais negros existentes em algumas cidades brasileiras que se constituíram como espaços de sociabilidade, lazer, diversão, educação e preservação das tradições afro-brasileiras. As inquietações que mobilizaram este estudo foram objetivadas na forma de três principais perguntas: (1) De que maneira a Sociedade Kênia Clube tensiona a produção social da memória sobre a população negra em uma cidade que privilegia oficialmente as memórias das tradições germânicas e italianas? (2) Quais os sentidos desse clube para os(as) seus/suas associados(as)? (3) Como esse clube se mantém hoje na cidade e quais os seus desafios. Como proposta metodológica, o estudo foi feito em três etapas: na primeira, realizou-se uma pesquisa documental no Arquivo Histórico de Joinville; na segunda, desenvolveu-se uma leitura topográfica, procurando compreender o modo como estão distribuídos os principais clubes sociais na cidade; e, por fim, realizaram-se conversas com associados(as) da SKC a fim de compreender os sentidos produzidos sobre a relação com o clube. Os saberes da Análise Dialógica do Discurso (ADD) mediaram a compreensão das informações produzidas na pesquisa. A partir dos saberes da psicologia social crítica, discutem-se temas como cidade, produção social da memória, relações étnico-raciais e produção de subjetividade. Como resultados, compreendeu-se que a SKC é um dos lugares que possibilita processos de rememoração acerca da trajetória da população negra na cidade de Joinville. Considerou-se, também, que a localização dos clubes sociais no terreno da cidade, as possibilidades de acessos e a estrutura arquitetônica dos seus prédios possibilitam diferentes formas de visibilização, implicando diretamente nos modos como são conhecidas as narrativas, memórias e trajetórias dos grupos étnico-raciais representados por essas sociedades recreativas. Por fim, o estudo evidenciou que a SKC é um espaço de realização de ações políticas, educacionais e produção de memória social.

e o texto completo pode ser baixado em:

https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=8298156

Tags: cidadeclubes sociais negrosmemóriaOrlando Afonso Camutue Gunlandapopulação negrarelações étnico-raciaissubjetividade