Mediação audiovisual e território: Cenas migrantes em um percurso de formação

15/03/2022 10:32

Artigo publicado por Allan Henrique Gomes e Kátia Maheirie na revista Psicologia Política tem o seguinte resumo:

Este artigo apresenta os resultados de um encontro de pesquisa- -intervenção com trabalhadoras do Sistema Único de Assistência Social, participantes de um percurso de formação com ênfase na mediação audiovisual. A audiência e discussão de um documentário tematizando a cidade-território de atuação das trabalhadoras possibilitou uma análise inspirada nos pressupostos de Lev Vigotski e Jacques Rancière. Em termos de resultados, pode-se destacar que o encontro em análise está ligado aos encontros anteriormente produzidos no percurso formativo. O que se destaca deste quinto encontro de mediação audiovisual é processo denominado de “desinformação”, que significa decompor o documentário na discussão desde as afetações e experiências das participantes espectadoras, especialmente, as vivências de migração. Neste sentido, o artigo tensiona questões raciais na produção da memória da cidade. Por fim, considera-se que a mediação audiovisual mobilizou um processo de significação da cidade e reflexões sobre questões históricas e territoriais.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-549X2021000100015

Tags: Allan Henrique GomesKátia Maheiriemediação audiovisualpercurso formativoPolíticas públicasterritório

Tensões no campo do político e da prática profissional da assistência social

14/05/2021 13:00

O artigo publicado por Katia Maheire; Marcela de Andrade Gomes; Tatiana Minchoni; Felipe Augusto Leques Tonial; Marcelo Felipe Bruniere e Ana Paula Silva Hining tem o seguinte resumo:

Este artigo aponta desafios e possibilidades que se apresentam no cotidiano de trabalhadoras de CRAS. Baseando-nos em Jacques Rancière, analisamos as tensões no campo e seus desdobramentos em práticas profissionais. Para tanto, 42 trabalhadoras/es responderam um questionário e participaram de entrevistas coletivas. Para proceder a análise, elaboramos aqui duas categorias: as relações do CRAS/equipe com a gestão e a PNAS; e as condições, rotinas e práticas de trabalho. Os resultados indicam uma tensão entre modelos de atenção, uma assistencialista caritativa, voltada à lógica do Estado mínimo, e outra preconizada pela Constituição de 88, bem como duas lógicas de atuação, uma voltada às ações coletivas e à família, e outra à individualização e judicialização da vida. Mas, indicam, ao mesmo tempo, um exercício de reinvenção das equipes, pautado por processos de desnaturalização e desidentificação, bem como pela construção de estratégias para coletivizar demandas e construir redes intersetoriais.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link do artigo

Tags: Ana Paula Silva Hiningassistência socialCRASFelipe Augusto Leques TonialKátia MaheirieMarcela De Andrade GomesMarcelo Felipe Brunierepolíticapolíticoterritório

COLETIVO SARAU DO BINHO:INSURGÊNCIA (PO)ÉTICA NAS TRAMAS AFETIVAS DO TERRITÓRIO

13/05/2021 12:56

A tese de Doutorado de autoria de Tatiana Minchoni e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2019 e tem o seguinte resumo:

NO INÍCIO DA DÉCADA DE 2000, A CENA DE SARAUS ECLODIU NAS PERIFERIAS PAULISTANAS. ESTES SÃO ENCONTROS PARA A LIVRE EXPRESSÃO HUMANA POR MEIO DAS ARTES (POESIA, TEATRO, MÚSICA, DANÇA, AUDIOVISUAL), CRIADOS POR PESSOAS DO TERRITÓRIO E QUE ACONTECEM PERIODICAMENTE EM ESPAÇOS PÚBLICOS. O SARAU DO BINHO, ATUANTE NA ZONA SUL DE SÃO PAULO, FOI UM DOS PRECURSORES DESSA CENA E SEU HISTÓRICO DE AÇÕES VIABILIZOU TRANSFORMAÇÕES EM SUJEITOS/COLETIVOS/TERRITÓRIOS. ESTE FOI ESCOLHIDO COMO FOCO DA PESQUISA, PARA O QUAL OLHAMOS DESDE OS REFERENCIAIS DE ESPINOSA, VIGOTSKI E MARX, COM O OBJETIVO DE COMPREENDER A POTÊNCIA DOS ENCONTROS DO SARAU DO BINHO NA PERIFERIA E, ESPECIFICAMENTE: DESCREVER AS CONDIÇÕES E POSSIBILIDADES PARA A CRIAÇÃO DO SARAU DO BINHO; IDENTIFICAR OS AFETOS DA EXPERIÊNCIA DAS PESSOAS COM ESTE SARAU; E INVESTIGAR SEUS EFEITOS NOS SUJEITOS E COLETIVOS NO TERRITÓRIO. PARA TAL, FOI REALIZADA A IMERSÃO NAS ATIVIDADES DO COLETIVO SARAU DO BINHO, POR MEIO DA PARTICIPAÇÃO OBSERVANTE E REGISTROS EM DIÁRIOS DE CAMPO. TAMBÉM FORAM REALIZADAS 04 ENTREVISTAS INDIVIDUAIS COM COMPONENTES DO COLETIVO E UMA ENTREVISTA COLETIVA COM 06 PESSOAS DO PROJETO “DO CAMPO LIMPO AO SINTÉTICO: POESIA SEM MISÉRIA”, ALÉM DE CONVERSAS INFORMAIS. AINDA, FORAM UTILIZADOS DISCURSOS PRODUZIDOS NO CONTEXTO DA FEIRA LITERÁRIA DA ZONA SUL (FELIZS) E EM DOCUMENTÁRIOS SOBRE SARAUS. O CONJUNTO DE INFORMAÇÕES FOI ORGANIZADO EM EIXOS DE ANÁLISE: SARAU; RELAÇÃO COM AS ARTES; PRODUÇÃO COLETIVA/COMUM; TRANSFORMAÇÕES/DESDOBRAMENTOS; TERRITÓRIO/PERIFERIA. DESTES FOI CONSTRUÍDA UMA NARRATIVA POR MEIO DO EXERCÍCIO DA POÉTICA DO CONHECIMENTO, NA QUAL AS PRODUÇÕES DISCURSIVAS DAS PESSOAS DOS SARAUS, POESIAS, MÚSICAS, FOTOGRAFIAS, MAPAS E REFERENCIAIS TEÓRICOS SÃO ARTICULADOS HORIZONTALMENTE, SEM ESTABELECER HIERARQUIAS ENTRE AS DISTINTAS FORMAS DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO. A NARRATIVA ESTÁ DIVIDIDA EM QUATRO PARTES, COMPOSTAS DE DIVERSAS CENAS ENTRELAÇADAS, NAS QUAIS EXPOMOS OS RESULTADOS DA PESQUISA. EM SÍNTESE, AFIRMAMOS QUE O SARAU DO BINHO É UM ESPAÇO-TEMPO COLETIVO DE ENCONTROS QUE GERA AFETOS DE ALEGRIA E AUMENTA A POTÊNCIA DE AÇÃO, ALÉM DE PROPICIAR EXPERIÊNCIAS ESTÉTICAS QUE PROVOCAM ABERTURAS DAS POSSIBILIDADES DE SER/EXISTIR/AGIR NO MUNDO PARA ALÉM DO QUE ESTÁ IMEDIATAMENTE POSTO AO DESPERTAREM A IMAGINAÇÃO E A CRIAÇÃO. NESTE SARAU SE EXERCITA UMA TEMPORALIDADE CONTRA-HEGEMÔNICA À ACELERAÇÃO DO CAPITALISMO, INSCREVEM EXPERIÊNCIAS COLETIVAS NAS TRAMAS AFETIVAS DO TERRITÓRIO AO SE APROPRIAREM DE FORMA SUBVERSIVA DO ESPAÇO, ALÉM DE EXERCEREM O DIREITO À CIDADE, CONTRAPONDO-SE ÀS FORÇAS INDIVIDUALIZANTES DO NEOLIBERALISMO. FINALMENTE, AFIRMAMOS QUE O SARAU DO BINHO É UM ESPAÇO-TEMPO PARA A EXPERIMENTAÇÃO DA ÉTICA, NO QUAL OS ENCONTROS COM AS PESSOAS E COM AS ARTES PROPICIAM A COMPREENSÃO DOS AFETOS E A PERCEPÇÃO DO QUE NOS É ÚTIL, DE QUE AO NOS UNIRMOS UMAS ÀS OUTRAS PODEMOS AUMENTAR A POTÊNCIA DE AÇÃO COMUM DE FORMA A CRIAR CAMINHOS COLETIVOS PARA A LIBERDADE.

e o texto completo pode ser baixado em:

https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219301

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