Imaginação e processos de criação na perspectiva histórico-cultural: análise de uma experiência

04/05/2021 19:13

Artigo publicado por Kátia Maheirie, Ana Luiza Bustamante Smolka, André Luiz Strappazzon, Carolina Souza de Carvalho e Felipe Karpinski Massaro tem o seguinte resumo:

Este artigo aborda a imaginação como processo psicológico fundamental do ser humano, tomando como base os trabalhos de Vigotski e seus interlocutores, e tendo como eixo reflexivo uma pesquisa-intervenção desenvolvida em uma Organização Não Governamental de arte-educação. A investigação se caracterizou pela oferta de oficinas de percussão, produção de espetáculo musical e produção de vídeo sobre esse espetáculo, tendo como sujeitos crianças e jovens de 9 a 14 anos que frequentavam a entidade. Uma análise da experiência vivida por esses sujeitos na relação com os pesquisadores toma como base a imaginação e seus desdobramentos no processo de criação. Nesse processo de criação, a experiência (re)significada pelos sujeitos vai compondo núcleos de memória, de forma que a atividade imaginativa se apresenta como um processo psicológico (re)combinador, objetivada em um novo produto.

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“Bons encontros” como composições: experiências em um contexto comunitário

04/05/2021 19:11

Artigo publicado por Andre Luiz Strappazzon e Kátia Maheirie tem o seguinte resumo:

A partir da ética de Espinosa e do conceito de “bons encontros”, este artigo pretende apontar as posições éticas de sujeitos envolvidos em uma instituição denominada Casa Chico Mendes, ONG situada na periferia de Florianópolis-SC. Tencionamos refletir acerca dos modos de relação construídos e compartilhados nessa instituição, expor os afetos e efeitos dos bons encontros ali produzidos. A metodologia inspirou-se na etnografia, com registro em diário de campo e entrevistas. São consideradas as contribuições de cinco sujeitos, cuja presença e participação em encontros na Casa Chico Mendes foram significativas para a instituição e para suas vidas. A partir de suas falas, alguns encontros são reconstruídos e seus efeitos, intensidades e composições são problematizados teoricamente. Os resultados apontam para a capacidade dos “bons encontros” como possibilidades para se aumentar a potência de ação dos sujeitos, produzindo lugares de calor em contextos de experiências coletivas e comunitárias.

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Tags: Andre Luiz Strappazzonbons encontroséticaKátia Maheirielugar de calorpotência de ação

Aprendiz circense e contemplador: olhares que dialogam entre a incompletude e o acabamento

04/05/2021 19:08

Artigo publicado por Eliane Regina Pereira e Kátia Maheirie tem o seguinte resumo:

Este artigo se propõe a apresentar de que forma a arte circense, compreendida como atividade criadora e experiência estética, amplia as possibilidades de “ser” do aprendiz. Tendo uma compreensão teórica da constituição do sujeito como sendo processo sempre inacabado, discutimos como o “acabamento provisório” ofertado pelo contemplador transcende o personagem circense e alcança o sujeito-aprendiz. Por meio de entrevistas e observações das aulas no picadeiro, alcançamos informações a respeito de como o aprendiz define a arte circense e a relação que estabelece com o público, com os colegas de circo e com os professores, dando os indícios da mediação da arte circense na sua constituição. Os resultados da pesquisa apontam para a atividade circense como capaz de se fazer mediação na constituição do sujeito a partir do olhar do contemplador, que ofertando significados ao aprendiz, amplia suas possibilidades de ser.

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Identidades em reinvenção: o fortalecimento coletivo de estudantes indígenas no meio universitário

04/05/2021 19:02

Artigo publicado por tem o seguinte resumo:

A presença indígena nos espaços acadêmicos tem crescido nos últimos anos, especialmente por conta das políticas de ação afirmativa. A entrada nesse universo – espaços historicamente brancos e elitizados – tem produzido fissuras no olhar estereotipado construído sobre os povos indígenas e, ao mesmo tempo, tem visibilizado os preconceitos e racismos de nossa sociedade. Nesse cenário, a formação superior tem sido reivindicada, cada dia mais, como instrumento de luta necessário para o fortalecimento dos movimentos indígenas. Este texto discute aspectos gerais da presença indígena nas universidades brasileiras, bem como a potência na reinvenção identitária e no fortalecimento de coletivos, marcando a universidade como um novo território de fronteira e de luta que afeta e é afetada pelos povos indígenas.

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A resistência à colonialidade

04/05/2021 18:58

Artigo publicado por Felipe Augusto Leques Tonial, Kátia Maheirie, Carlos Alberto Severo Garcia Jr. tem o seguinte resumo:

A colonialidade, sendo parte do projeto civilizatório da modernidade, pode ser entendida como um padrão ou uma matriz colonial de poder que, com base na naturalização de determinadas hierarquias (territoriais, raciais, epistêmicas, culturais e de gênero), produz subalternidade e oblitera conhecimentos, experiências e formas de vida daqueles/as que são explorados/as e dominados/as. Esse movimento colonizador, por sua fez, possibilita a reprodução e a manutenção das relações de dominação ao longo do tempo nas diversas esferas da vida social. Sendo assim, a presente proposta de reflexão visa discutir algumas problematizações que estão sendo formuladas nos últimos anos quando pensamos em resistir ou enfrentar a colonialidade, a saber, a ideia das “Epistemologias do Sul” de Boaventura de Souza Santos, a proposta da “interculturalidade” de Catherine Walsh e o “pensamento fronteiriço” e o “paradigma outro”, como proposto por Walter Mignolo. Ressalta-se que importa, mais do que solucionar problemas, contribuir com elementos e reflexões que problematizem a (des)colonização da psicologia e que primem pelo reconhecimento da diversidade de conhecimentos e formas de vida presentes no contexto latino-americano.

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A música como mediadora de encontros coletivos em um CRAS

04/05/2021 18:54

Artigo publicado por Andressa Dias Arndt e Kátia Maheirie tem o seguinte resumo:

Apresentamos neste trabalho reflexões e análises advindas de uma pesquisa-intervenção do tipo qualitativa e de caráter comunitário em que se aliam psicologia social de base sócio-histórica e musicoterapia social comunitária. O artigo trata da música como mediadora de encontros em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) situado na região metropolitana de Curitiba. A música como mediadora de encontros pôde constituir um tipo de experiência coletiva, criativa, afetiva, polissêmica e polifônica. A música é compreendida como processo e produto humano, possibilitando abertura de espaços para criação e fortalecimento de laços sociais. Os resultados apontam, nesta experiência, um aumento da potência de existir dos participantes e a criação de um processo coletivo na construção de um NÓS, inaugurando modos de agir, pensar e sentir.

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A produção da máquina de guerra na criação estética do RAP

04/05/2021 18:47

Artigo publicado por Leandro Almir Aragon, Marcelo Felipe Bruniere e Kátia Maheirie tem o seguinte resumo:

Neste artigo analisamos a criação estética do coletivo de RAP Arma-Zen PRN em sua potência política. Para tanto, partimos do conceito de política em Rancière e do conceito de máquina de guerra em Deleuze e Guattari. As informações foram produzidas por meio de duas entrevistas coletivas realizadas com o coletivo musical, postagens do coletivo e seus membros em redes sociais, imagens de divulgação e letras de músicas. Estas informações foram analisadas a partir da análise do discurso, com base nas informações e na bibliografia estudada. A performance estética deste coletivo se dirige à invenção de um outro modo de ser no mundo que descristaliza experiências. Por fim, encontramos a produção de uma máquina de guerra-pacificadora que visa produzir um modo de ser que combina a potência combativa e revolucionária da arma à potência criadora do zen.

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Psicologia Social e CRAS: a experiência de uma Oficina de Fotografia como dispositivo ressignificador de sentidos

04/05/2021 18:43

Artigo publicado por Mariá Boeira Lodetti, Yasmin Sauer MachadoKátia Maheirie, Flora Lorena Branco Muller e Caio Cezar Nascimento tem o seguinte resumo:

Este trabalho compartilha a experiência de uma oficina realizada com jovens, em um Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da cidade de Florianópolis (Brasil), durante o ano de 2013. As oficinas tiveram como foco a linguagem fotográfica, a qual pôde fazer-se mediadora dos processos de significação e ressignificação dos sujeitos em relação ao território. As oficinas envolveram a apropriação de técnicas fotográficas e a discussão de questões ligadas à relação dos participantes com o território. As informações, examinadas por meio da análise de conteúdo, foram produzidas via observações registradas em diário de campo, material publicado em redes sociais e entrevistas com os sujeitos ao fim dos encontros da oficina. Os resultados apontam que a linguagem fotográfica se coloca como mediadora na criação de espaços de reflexão acerca de si e de seu contexto, estabelecendo relações capazes de aumentar suas potências de vida e de ampliação de perspectivas de futuro.

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RAP: REINVENÇÃO DO SUJEITO E DA CIDADE

04/05/2021 15:33

Artigo publicado por Jaison Hinkel e Kátia Maheirie tem o seguinte resumo:

Este artigo problematiza as relações entre apropriação musical do Rap, cidade e (re)invenção do sujeito, perguntando se (e como) estas relações podem engendrar novas formas do sujeito agir no mundo desde de uma perspectiva estética, possibilitando a (re)invenção de si e de suas relações com a cidade. Para tanto, realizamos a imersão no contexto de pesquisa com viés etnográfico, por isso optamos por circular pela cidade, participar de eventos de hip-hop e shows de rap, escutar músicas, apreciar graffitis, assistir videoclipes, ler diferentes materiais (livros, revistas, jornais e publicações da internet). Como procedimento de pesquisa, realizamos entrevistas e observações com 11 jovens atuantes na cena hip-hop local e procedemos uma análise do discurso fundamentados em Vigotski, Bakhtin e outros autores, segundo uma perspectiva sócio-histórica. Os resultados indicam que, mediante sua relação com o rap, os jovens recolocam em pauta as maneiras de viver em Blumenau, onde a cidade deixa de ser o lugar do consenso germânico e passa a viver o dissenso, em prol da afirmação de uma pluralidade de modos de ser blumenauense, contrapondo o discurso homogeneizador teuto-brasileiro à diversidade cultural brasileira

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A imagem e as tensões para outros olhares

04/05/2021 15:31

Artigo publicado por tem o seguinte resumo:

Este trabalho faz parte de uma pesquisa mais ampla, desenvolvida em um município da região metropolitana da cidade de Curitiba, no sul do Brasil. A investigação foi qualitativa com caráter interventivo e participativo, uma vez que os sujeitos atuaram diretamente na criação de estratégias para intervenção no campo cotidiano. Atuamos em um Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, com pessoas consideradas em vulnerabilidade social. O projeto foi nomeado Roda de Música e foi realizado por meio de encontros semanais dedicados a um fazer musical coletivo. Neste trabalho apresentamos o uso da imagem como um dos elementos produzidos durante o processo de construção de informações da pesquisa. Utilizamos a imagem como também produtora de discursos, potente na criação de ficções que apontam para construção de outros possíveis, em especial, os modos de olhar, escutar, sentir e pensar o humano, em um determinado contexto.

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