A dissertação de Mestrado de autoria de ICLICIA VIANA e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2017 e tem o seguinte resumo: Esta pesquisa se insere na relação de indígenas com o contexto universitário. Especificamente, objetiva compreender como têm sido as experiências de estudantes indígenas que pertencem ao Povo Laklãnõ/Xokleng em cursos de graduação e pós-graduação em uma universidade pública do Sul do Brasil. A perspectiva metodológica se apoia em uma concepção na qual a pesquisa se dá no cotidiano a partir de um campo-tema. Fizeram parte deste campo-tema, diferentes espaços e momentos que possibilitaram a construção de informações sobre estas experiências, entre eles uma roda de conversa, a convivência no cotidiano da universidade, visitas à Terra Indígena Laklãnõ, bem como outros espaços de encontro como manifestações politicas, grupos de estudo, festas, redes sociais e mídias. A pesquisa aponta quatro eixos principais baseados nas experiências singulares e coletivas neste espaço: 1) os projetos coletivos, familiares e singulares que marcam suas presenças na universidade; 2) as experiências frente às dificuldades e possibilidades de acesso, permanência; 3) os estereótipos, preconceitos e racismos vividos neste contexto, próprios da colonialidade na sociedade brasileira e 4) como a vida Laklãnõ/Xokleng é trazida para a universidade. Observou-se que a universidade configura-se hoje como um território de luta, que está sendo demarcado pela presença indígena, e que tenciona o imaginário social sobre estes povos produzindo novidades no encontro interétnico e produzindo fissuras que questionam os lugares identitários aprisionadores. Ao mesmo tempo, foi possível compreender que assim como em outros momentos de sua história, o povo Laklãnõ/Xokleng em sua especificidade, segue re-existindo fazendo uso agora da educação superior como instrumento de visibilização para sua existência e resistência, a qual marca sua história desde os primeiros contatos com o não indígena.
e o texto completo pode ser baixado em:
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5031187
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Artigo publicado por tem o seguinte resumo:
A presença indígena nos espaços acadêmicos tem crescido nos últimos anos, especialmente por conta das políticas de ação afirmativa. A entrada nesse universo – espaços historicamente brancos e elitizados – tem produzido fissuras no olhar estereotipado construído sobre os povos indígenas e, ao mesmo tempo, tem visibilizado os preconceitos e racismos de nossa sociedade. Nesse cenário, a formação superior tem sido reivindicada, cada dia mais, como instrumento de luta necessário para o fortalecimento dos movimentos indígenas. Este texto discute aspectos gerais da presença indígena nas universidades brasileiras, bem como a potência na reinvenção identitária e no fortalecimento de coletivos, marcando a universidade como um novo território de fronteira e de luta que afeta e é afetada pelos povos indígenas.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link
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Artigo publicado por Iclicia Viana, Felipe Augusto Leques Tonial, Marcelo Felipe Bruniere e Katia Maheirie tem o seguinte resumo:
O objetivo deste artigo é problematizar as experiências de indígenas no contexto universitário, tomando a noção de colonialidade como articuladora da análise. Para tanto, o artigo analisa duas cenas que ocorreram em uma universidade brasileira. A partir da ideia de campo-tema, a produção das informações deu-se no cotidiano universitário em diferentes ocasiões e em distintas atividades junto a estudantes indígenas, finalizando com uma roda de conversa em torno da experiência na universidade. Os resultados apontam que, por um lado, essas/es estudantes têm vivenciado uma formação colonizada e colonizadora, que invisibiliza suas experiências, saberes e modos de vida; por outro lado, eles/elas (re)existem produzindo fissuras de descolonização, objetivando-se em diálogos interculturais, que produzem novos caminhos e alternativas à colonialidade cotidiana.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link
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