SEMELHANÇAS E DISSONÂNCIAS EM ESPAÇOS DE ENSINAR E APRENDER

31/10/2021 13:38

Artigo publicado por Eliane Regina Pereira, Neiva de Assis, Andrea Vieira Zanella, Kátia Maheirie na Revista Psicologia Argumento tem o seguinte resumo:

Este texto se propõe a fazer dialogar duas pesquisas que investigaram ações complementares ao ensino regular, de modo a dar visibilidade às semelhanças e às dissonâncias entre ONG e circo-escola. Ambas as pesquisas investigaram os sentidos produzidos por jovens sobre as atividades desenvolvidas para além dos muros escolares, dentro de serviços de ações complementares à escola. Tendo como referência as contribuições de Vygotsky e autores do círculo de Bakhtin, enfocamos neste texto a dimensão dos sujeitos que participam das ações complementares, as experiências tal como vivenciadas nessas atividades e os sentidos que jovens produzem sobre elas. Por meio de entrevistas com os jovens aprendizes e observações no cotidiano dessas ações, destacamos as relações nesses espaços mediadas pela afetividade e pelo aumento da potência de ser. Movimento afetivo-volitivo que permitiu aos aprendizes e jovens irem além de si mesmos, além do que estava posto, instituído. A relação entre educadores e jovens aprendizes mediou o aprender e necessariamente constituiu e constitui sujeitos que se fazem permanentemente aprendizes. Consideramos, à guisa de conclusão, ONG e circo-escola como espaços de potência para a criação e a recriação das relações de ensinar e aprender, fundamentalmente em virtude do modo como as linguagens artísticas são ali trabalhadas.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/20129

Tags: Ações complementares à escolaAndrea Vieira ZanellaEliane Regina PereiraKátia MaheirieNeiva de Assispotência de açãorelações de ensinar-aprender

APRENDENDO A SER CIRCENSE E AMPLIANDO AS POSSIBILIDADES DE “SER” APRENDIZ

13/05/2021 15:52

A tese de Doutorado de autoria de Eliane Regina Pereira e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2011 e tem o seguinte resumo:

O objetivo deste estudo foi investigar de que forma a arte circense, compreendida como atividade criadora e experiência estética, mediadas pela afetividade, aumenta a potência de ação do sujeito e amplia as possibilidades de “ser aprendiz”. Para realização da pesquisa, contatamos os quatro educadores do Circo Escola Beto Carrero e doze aprendizes. Por meio de entrevistas, observações e videogravação das aulas produzimos informações a respeito de como o sujeito define a atividade circense; como significa essa atividade em seu cotidiano; como se dá o processo de ensinar e aprender; e que relações são estabelecidas com a arte circense, com o público, com os colegas de circo e com a escola regular. A partir de uma orientação histórico-dialética, apresentamos os sujeitos da pesquisa e assinalamos as relações educadores-aprendizes como mediando à constituição dos sujeitos, os quais são compreendidos como inacabados e em constante devir. Discutimos como o acabamento provisório ofertado pelo contemplador transcende a personagem circense e alcança o sujeito-aprendiz, ampliando suas possibilidades de ser. Os resultados da pesquisa apontam que a atividade circense proporciona um aprender que se faz mediado pelo corpo, pois é com o corpo que o sujeito experimenta o encontro com o outro e tem aumentada sua potência de agir, sua possibilidade de se fazer um sujeito que aprende. É possível ainda hipotetizar que a arte pode ampliar as possibilidades de aprender em contextos formais de educação, já que a linguagem artística pode produzir uma nova forma de reflexão, gerando uma racionalidade outra que possibilita outros processos psicológicos complexos mediados pelo afeto. Por meio da apropriação da arte circense se processou uma nova forma de sentir e assim, necessariamente, uma nova forma de pensar e agir. Concluímos que o processo de ensinar e aprender que ocorreu nas relações destes sujeitos na arte circense se iniciou no corpo, mas se constituiu na ampliação de novos processos cognitivos e afetivos, podendo ampliar outros processos psicológicos complexos, mediados pela experiência estética.

e o texto completo pode ser baixado em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95071

Tags: arte circenseconstituição do sujeitoEliane Regina Pereirarelações de ensinar-aprender

Aprendiz circense e contemplador: olhares que dialogam entre a incompletude e o acabamento

04/05/2021 19:08

Artigo publicado por Eliane Regina Pereira e Kátia Maheirie tem o seguinte resumo:

Este artigo se propõe a apresentar de que forma a arte circense, compreendida como atividade criadora e experiência estética, amplia as possibilidades de “ser” do aprendiz. Tendo uma compreensão teórica da constituição do sujeito como sendo processo sempre inacabado, discutimos como o “acabamento provisório” ofertado pelo contemplador transcende o personagem circense e alcança o sujeito-aprendiz. Por meio de entrevistas e observações das aulas no picadeiro, alcançamos informações a respeito de como o aprendiz define a arte circense e a relação que estabelece com o público, com os colegas de circo e com os professores, dando os indícios da mediação da arte circense na sua constituição. Os resultados da pesquisa apontam para a atividade circense como capaz de se fazer mediação na constituição do sujeito a partir do olhar do contemplador, que ofertando significados ao aprendiz, amplia suas possibilidades de ser.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link

Tags: alteridadeatividade criadoraconstituição do sujeitoEliane Regina Pereiraescola de circoexperiência estéticaKátia Maheirie

PRÁTICAS GRUPAIS COM JOVENS PROMOVENDO BONS ENCONTROS E SAÚDE ÉTICO-POLÍTICA

04/05/2021 12:44

Artigo publicado por Larissa Franco Severino, Eliane Regina Pereira e Andréa Vieira Zanella tem o seguinte resumo:

Este artigo buscou analisar, a partir do conceito de sofrimento ético-político, cunhado por Sawaia se e de que modo a prática grupal possibilitou o aumento da potência da força de existir das/os jovens e a promoção da saúde ético-política. O trabalho foi realizado com jovens que se inscreveram para atendimento psicológico em uma clínica escola de uma universidade no interior de Minas Gerais. Em dez encontros foi possível perceber as afetações das/os jovens em relação aos aspectos que permeiam suas vidas e como estes aspectos aumentam, diminuem, favorecem ou refratam suas potências de existir. Os resultados da pesquisa apontam que a prática grupal aumenta a potência de ação de jovens ao promover identificações, espaço de escuta e questionamentos. Além disso, configurou-se como espaço para os afetos e para a (re)significação das experiências, bem como para a constituição de relações que se estenderam para além daquele dos encontros.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link

 

 

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