SENTIDOS DA VIVÊNCIA UNIVERSITÁRIA PARA ESTUDANTES COM MAIS DE 40 ANOS

15/03/2022 10:21

Artigo publicado por Graziele Aline Zonta e Andréa Zanella na Psicologia em Estudo tem o seguinte resumo:

As universidades brasileiras contam com um público de estudantes cada vez mais diversificado. Dentre eles, constam estudantes adultos(as) que ingressaram no ensino superior anos após a conclusão do ensino médio, destacando-se por serem mais velhos do que seus colegas de curso. Suas condições de vida e as possibilidades de permanência nessas instituições diferem daquelas de estudantes mais jovens, situação que exige o investimento em estudos sobre esse grupo específico. Nessa direção, este artigo analisa os sentidos sobre o processo de ingresso; sobre os desafios enfrentados no relacionamento com colegas; e sobre como estudantes que ingressaram na graduação após os 40 anos de idade vivenciam as práticas de ensinar e aprender na universidade. Os depoimentos de três estudantes desse grupo, que participaram de uma pesquisa-intervenção metodologicamente organizada no formato de oficinas de leitura e escrita, foram submetidos a uma análise de discurso de orientação bakhtiniana. Eles(as) relataram como realizam o enfrentamento das tensões que envolvem a inserção no campo discursivo universitário, dando destaque a embates no relacionamento com colegas mais jovens, à apropriação das novas tecnologias de informação e aos aprendizados propiciados pela participação no cotidiano acadêmico-universitário.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://www.scielo.br/j/pe/a/JbGM6xNVQQk3Jsc9LddsPTH/

Tags: Adultos(as) universitários(as)Andrea Vieira Zanellaensino superiorGraziele Aline Zontaoficinas de leitura e escrita

ESTUDANTES FOTOGRAFANDO A/NA UNIVERS/CIDADE: DIÁLOGOS COM ESPAÇOTEMPOS NA VIDA ACADÊMICA

13/05/2021 12:54

A tese de Doutorado de autoria de Jardel Pelissari Machado e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2019 e tem o seguinte resumo:

A UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) CONSTITUIU-SE HISTORICAMENTE DE FORMA FRAGMENTADA EM DIVERSOS COMPLEXOS DE EDIFÍCIOS ESPALHADOS E QUE COMPÕEM A CIDADE DE CURITIBA, CONDIÇÃO PELA QUAL, NESTA TESE, SEJA CONCEBIDA COMO UMA UNIVERS/CIDADE, DEVIDO A SEU TAMANHO, TÃO GRANDE QUANTO UMA CIDADE, E TAMBÉM POR COMPOR A CIDADE NA QUAL ESTÁ LOCALIZADA. ESSA CONDIÇÃO ESPAÇOTEMPORAL DA UFPR FAZ COM QUE A VIDA ESTUDANTIL NA INSTITUIÇÃO ESTEJA EM CONSTANTE RELAÇÃO COM AS ROTINAS DA CIDADE DEVIDO À NECESSIDADE DE DESLOCAMENTOS CONSTANTES ENTRE DIFERENTES ESPAÇOS QUE A COMPÕEM. COM BASE NA COMPREENSÃO DE QUE OS ESPAÇOTEMPOS SÃO PRODUÇÕES HUMANAS, HISTÓRICAS E SOCIAIS, NÃO SENDO CATEGORIAS NEUTRAS, MAS CONSTITUINDO AS CONDIÇÕES E POSSIBILIDADES AOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES, PASSOU-SE A INDAGAR SOBRE OS EFEITOS DESSA CONFIGURAÇÃO ÀS/AOS ESTUDANTES QUE TEM SUAS FORMAÇÕES ACADÊMICAS E PROFISSIONAIS NESSA INSTITUIÇÃO. ASSIM, COM BASE NA FILOSOFIA DA LINGUAGEM DO CÍRCULO DE BAKHTIN E NA TEORIA CRÍTICA DA ESCOLA DE FRANKFURT, FOI REALIZADA UMA PESQUISA DE CARÁTER INTERVENTIVO QUE TEVE POR OBJETIVO INVESTIGAR OS DIÁLOGOS QUE AS/OS ESTUDANTES TECEM EM SEUS COTIDIANOS NA E PARA COM A UNIVERS/CIDADE. PARA TAL, REALIZAMOS OFICINAS DE FOTOGRAFIA MOBILE COM DOIS GRUPOS DE OITO ESTUDANTES, TOTALIZANDO 16 PARTICIPANTES, DE DIFERENTES CURSOS DE GRADUAÇÃO. AS OFICINAS TIVERAM DURAÇÃO DE OITO SEMANAS, NAS QUAIS FORAM REALIZADOS: A) ENCONTROS EM GRUPO COM DISCUSSÕES: ROTINAS NA UNIVERSIDADE E NA CIDADE; O OLHAR E SUA CONSTITUIÇÃO; O QUE É OU NÃO VISÍVEL EM NOSSOS COTIDIANOS; A PRODUÇÃO DE FOTOGRAFIAS COMO REALIZAÇÃO DE UM SUJEITO QUE REGISTRA SUA FORMA DE VER O MUNDO; B) DERIVAS PELOS ESPAÇOS DA UNIVERS/CIDADE; C) PRODUÇÃO E LEITURAS DE FOTOGRAFIAS; D) ORGANIZAÇÃO E MONTAGEM DE EXPOSIÇÕES. AS OFICINAS PRODUZIRAM, COMO RESULTADOS, UMA SÉRIE DE MATERIAIS QUE FORAM ANALISADOS: FOTOGRAFIAS, TRANSCRIÇÕES DE DIÁLOGOS E DISCUSSÕES EM GRUPOS E DIÁRIOS DE CAMPO DO PESQUISADOR. ENQUANTO PESQUISA DE CARÁTER INTERVENTIVO, AINDA COMO RESULTADOS, PROPORCIONARAM ÀS/AOS PARTICIPANTES A POSSIBILIDADE DE REFLEXÃO E CONSTITUIÇÃO DE NOVOS SENTIDOS SOBRE SEUS OLHARES, ASSIM COMO SOBRE OLHARES DAS/OS OUTROS, AOS ESPAÇOTEMPOS EM SEUS COTIDIANOS, ASSIM COMO A CONSTITUIÇÃO DE NOVOS LUGARES ENUNCIATIVOS/SUBJETIVOS EM SUAS VIDAS ACADÊMICAS. COM BASE NESSE MATERIAL FORAM PRODUZIDOS CINCO ARTIGOS, QUE COMPÕEM A TOTALIDADE DESTA TESE, NOS QUAIS SE DISCUTE: OS PROCESSOS HISTÓRICOS DE CONSTITUIÇÃO DOS ESPAÇOTEMPOS NA/DA UFPR E AS MARCAS DO TEMPO QUE ESTÃO NO ESPAÇO, ASSIM COMO AS CONDIÇÕES E POSSIBILIDADES À VIDA ESTUDANTIL; A CONCEPÇÃO DA FOTOGRAFIA COMO LINGUAGEM, DIALÓGICA E VALORADA, E COMO ENUNCIADO, PRODUÇÃO RESPONSIVA E RESPONSÁVEL DE UM SUJEITO NA DIALOGIA DA COMUNICAÇÃO HUMANA; POSICIONAMENTOS DAS/OS ESTUDANTES FRENTE ÀS VOZES QUE ORGANIZAM OS ESPAÇOTEMPOS DA/NA CIDADE E DA/NA UNIVERSIDADE, SUA NÃO HOMOGENEIDADE E LINEARIDADE E OS PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES NA UNIVERS/CIDADE; ASPECTOS INVISIBILIZADOS OU SILENCIADOS NA VIDA ESTUDANTIL E QUE EMERGEM COMO EXPRESSÕES DE SOFRIMENTO MARCADAS PELAS E NAS POSSIBILIDADES LER/COMPREENDER SUAS RELAÇÕES COM OS ESPAÇOTEMPOS UNIVERSITÁRIOS; E O CARÁTER INTERVENTIVO E DIALÓGICO DO PROCESSO DE PESQUISA, O PAPEL DO PESQUISADOR NA CONSTITUIÇÃO DE NOVOS CENÁRIOS E SEUS EFEITOS ÀS/AOS PARTICIPANTES DA PESQUISA. OS RESULTADOS E DISCUSSÕES SINALIZAM PARA A NECESSIDADE DE APROFUNDAMENTO DE DISCUSSÕES SOBRE A VIDA ESTUDANTIL NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS, PODENDO CONTRIBUIR COM NOVOS ESTUDOS, ASSIM COMO PARA COM PROFISSIONAIS E GESTORES DA ÁREA NA ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS QUE POSSAM PROPORCIONAR MELHORES CONDIÇÕES DE PERMANÊNCIA ÀS/AOS ESTUDANTES NAS INSTITUIÇÕES.

e o texto completo pode ser baixado em:

https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7661801

Tags: cidadeensino superiorespaço e tempofotografiaJardel Pelissari Machadoprodução de subjetividade

ESTUDANTES NEGROS/AS NA UNIVERSIDADE PÚBLICA: TENSÕES NA E DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR

12/05/2021 11:31

Artigo publicado por Graziele Aline Zonta e Andrea Vieira Zanella na revista Revista Práxis Educacional tem o seguinte resumo:

Inserido no contexto de transformação das universidades brasileiras engendrado pelas políticas de acesso e permanência no ensino superior implantadas nas últimas décadas, este estudo tem como objetivo discutir os sentidos produzidos sobre a experiência universitária por estudantes de graduação negros, provenientes de escola pública e de movimentos sociais ligados ao campo. A produção de informações ocorreu a partir de rodas de conversa e de textos escritos por estudantes participantes de oficinas de leitura e escrita criativa realizadas em duas universidades federais brasileiras. Os depoimentos e textos produzidos foram submetidos a uma análise de discurso com base na perspectiva dialógica de Bakhtin, possibilitando o reconhecimento dos desafios ideológicos enfrentados pelos/as estudantes, desafios esses que se realizam por meio de modos de uso da linguagem acadêmica, de questões identitárias, de embates políticos e de limitações nas grades curriculares. Os resultados também discutem possibilidades de tensionamento de discursos que assumem caráter monológico no contexto universitário.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link do artigo

Tags: Andrea Vieira Zanellaensino superiorGraziele Aline Zontaoficinas de leitura e escritapolíticas públicas em educação

Colonialidade, invisibilização e potencialidades: experiências de indígenas no ensino superior

04/05/2021 14:58

Artigo publicado por Iclicia Viana, Felipe Augusto Leques Tonial, Marcelo Felipe Bruniere e Katia Maheirie tem o seguinte resumo:

O objetivo deste artigo é problematizar as experiências de indígenas no contexto universitário, tomando a noção de colonialidade como articuladora da análise. Para tanto, o artigo analisa duas cenas que ocorreram em uma universidade brasileira. A partir da ideia de campo-tema, a produção das informações deu-se no cotidiano universitário em diferentes ocasiões e em distintas atividades junto a estudantes indígenas, finalizando com uma roda de conversa em torno da experiência na universidade. Os resultados apontam que, por um lado, essas/es estudantes têm vivenciado uma formação colonizada e colonizadora, que invisibiliza suas experiências, saberes e modos de vida; por outro lado, eles/elas (re)existem produzindo fissuras de descolonização, objetivando-se em diálogos interculturais, que produzem novos caminhos e alternativas à colonialidade cotidiana.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link

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