Artigo publicado por Déborah Levitan, Janaína Rocha Furtado e Andréa Vieira Zanella na Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano tem o seguinte resumo:
A polifonia da cidade, na emergência dos ritmos e sentidos urbanos, as juventudes apresentam-se como vozes ativas que fazem falar ao urbano sobre suas necessidades e desejos. Compreender as relações existentes entre juventude e cidade, bem como os sentidos que permeiam este momento da vida para algumas jovens foi o objetivo deste trabalho. Realizou-se entrevistas com cinco jovens, de onze a quatorze anos, residentes em um bairro popular de Florianópolis/SC e seus discursos foram analisados a partir das contribuições de Bakhtin (1990) e Vygotski (2000). A leitura do material transcrito permitiu organizar as informações em unidades temáticas de análise, intituladas: Criança, jovem, adolescente? Não sei! Imagens de si; Vozes entrelaçadas: silêncios e gritos na juventude, e Jovens meninas: histórias e percursos num bairro popular de Florianópolis. Os resultados permitem compreender a trama intrincada das relações e vozes sociais que participam no processo de constituição da imagem de si das jovens investigadas e o modo como vão se apropriando das falas de muitos outros, o que se objetiva em seus discursos. Constatou-se, nesse sentido, que os discursos, de modo geral, revelam as múltiplas vozes, audíveis e inaudíveis, que constituem as condições singulares/coletivas das jovens entrevistadas e que são (re)produzidas nos espaços onde vivem, sendo a Associação de Moradores um dos lugares mais significativos para sua constituição como sujeitos.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12822009000200009
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Artigo publicado por Andréa Vieira Zanella, Apoliana Regina Groff, Dâmaris Oliveira Batista da Silva, Laura Kemp de Mattos, Janaína Rocha Furtado & Neiva de Assis na Revista Estudos de Psicologia tem o seguinte resumo:
Neste artigo discute-se a produção acadêmica entre 2002 e 2011 sobre jovem, juventude e políticas públicas, divulgada em periódicos científicos brasileiros que integram a base de dados SCIELO. Os artigos selecionados foram categorizados em relação à instituição de origem, titulação dos pesquisadores, área do conhecimento da publicação e dos pesquisadores, ano de publicação do artigo, tipo de pesquisa, objetivos, recursos metodológicos, concepção de jovem, juventude e políticas públicas. Constatamos uma concentração de estudos nas áreas de educação, saúde e assistência social. Quanto às concepções de jovem e juventude, predominou a concepção de sujeito com base em fases e estágios claramente marcados pela entrada e saída do trabalho, sendo evidente nesses estudos a lógica de que a tutela se faz necessária, seja da família, do Estado e de Instituições outras, inclusive a Acadêmica. Sob essa lógica se apresentam grande parte das justificativas para a reivindicação de políticas públicas para os jovens nos artigos analisados.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://www.scielo.br/j/epsic/a/dq3zkmx66ZVbcCdy7DtGtxG/?lang=pt
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A dissertação de Mestrado de autoria de Ana Lúcia Canetti e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2010 e tem o seguinte resumo:
A pesquisa foi realizada nos Centro de Socioeducação Curitiba e São Francisco, ambos localizados no Estado do Paraná, e investigou a produção de sentidos de jovens, que cumprem medidas socioeducativas privativas de liberdade, sobre suas experiências de criação estética dentro das celas. Na pesquisa foi possível identificar diversas criações realizadas pelos internos, muitas delas proibidas pelas instituições, como origami, máquinas de tatuagem, acessórios tecidos com fios de coberta ou de toalhas, músicas, desenhos e até instalações de papelão que montam espaços privados dentro dos alojamentos coletivos. Foram realizadas entrevistas abertas com roteiro norteador, observações e registros em diário de campo. O procedimento de análise dos discursos dos jovens se deu a partir das contribuições teóricas de Vigotski e do Círculo de Bakhtin. Os resultados apontaram que estas experiências criadoras colaboram na (sobre)vivência destes jovens no encarceramento e são modos contraditórios de se compartilhar afetos, realizar trocas e de se buscar reconhecimento social. Verificou-se também que estas ações criadoras têm um sentido de resistência às privações cotidianas vividas nestas instituições promotoras de várias formas de violências. A criação mostrou-se como uma necessidade para o viver dentro da privação de liberdade e uma maneira encontrada pelos jovens para reafirmarem suas existências sensíveis. A análise dos discursos trabalhou com a processualidade viva na historicidade de jovens encarcerados, buscando as formas de pensar, agir e sentir em relação às suas experiências de criação.
e o texto completo pode ser baixado em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94266
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