Interface Direito/Psicologia em imagens: experimentação fotográfica em sala de aula

20/09/2021 21:54

Artigo publicado por Lúcia Regina Ruduit Dias, Jaqueline Tittoni e Andréa Vieira Zanella na Revista de Ciências Humanas tem o seguinte resumo:

O presente artigo é resultado de experimentação fotográfica realizada com alunos da disciplina de psicologia jurídica de um curso de Direito, dentro do contexto de pesquisa sobre imagem. Em sala de aula foi feito o pedido de que os alunos produzissem imagens sobre a “interface Direito/Psicologia” para posterior projeção e debate sobre as mesmas e seu processo de produção. A experimentação fotográfica visibilizou os diferentes olhares, colocando foco na tensão existente entre as práticas disciplinares e interdisciplinares, na prática interdisciplinar como ferramenta importante na solução de problemas sociais complexos, problematizando, ainda, as práticas contemporâneas em Direito. Entende-se, através das noções de Mikail Bakhtin, que a experimentação fotográfica se colocou como criação estética, enquanto um processo complexo de posicionamentos axiológicos que implicam tomadas de posições em um contexto cultural constituído pela multiplicidade de vozes sociais, onde compreender é uma atividade dialógica.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/view/2178-4582.2016v50n1p87/32204

Tags: Andrea Vieira ZanellaCriação EstéticaDialogicidadefotografiaJaqueline TittoniLucia Regina Ruduit DiasPrática DocentePsicologia Jurídica

Oficinas de fotografia na pesquisa-intervenção: construção de coletivos de trabalho

20/09/2021 10:41

Artigo publicado por Lúcia Regina Ruduit Dias, Andréa Vieira Zanella e Jaqueline Tittoni na Revista NUPEM tem o seguinte resumo:

O presente artigo analisa as contribuições de oficinas de fotografia na construção de coletivos de trabalho. Três diferentes equipes foram investigadas: duas no Brasil (assistência social governamental e assistência universitária em direitos de gênero) e uma na Suíça (animação sociocultural). As oficinas de fotografia foram planejadas não como uma técnica isolada, mas como uma maneira de investir em compromissos éticos, estéticos e políticos das trabalhadoras, bem como, na pesquisa como trabalho coletivo. As oficinas de fotografia contribuíram para a constituição de resistências a processos de individualização e na emergência de processos de criação no trabalho, respeitando as singularidades das equipes.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: http://revistanupem.unespar.edu.br/index.php/nupem/article/view/144/149

Tags: Andrea Vieira Zanellaassistência social e jurídicacoletivoJaqueline TittoniLucia Regina Ruduit DiasOficinas de fotografiatrabalho

Judicialização e contracondutas no trabalho da equipe de um CREAS: forças em tensão na Assistência Social.

13/05/2021 13:07

A tese de Doutorado de autoria de Lucia Regina Ruduit Dias e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2017 e tem o seguinte resumo:

O presente estudo analisa as práticas das trabalhadoras da assistência social, problematizando a experiência da equipe de um Centro de Referência Especializado em Assistência Social – CREAS, da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. O estudo investiga as forças que se encontram presentes nas práticas jurídicas das trabalhadoras da equipe do CREAS e busca visibilizar as possibilidades de contracondutas ao processo de judicialização do trabalho e da vida. A estratégia metodológica utilizada é a pesquisa-intervenção, fundamentada na Análise Institucional e em suas noções de produção conjunta do conhecimento e na atitude político-ético-estética da pesquisadora. Os procedimentos utilizados para a produção de informações foram o acompanhamento da equipe, a análise de implicação, a restituição e uma oficina de fotografia. As informações foram registradas em diário de pesquisa e audiogravações. As discussões provocadas pela intervenção foram analisadas à luz das noções de práticas jurídicas, judicialização do trabalho e da vida, assim como de biopolítica e contracondutas, a partir de Michel Foucault e pesquisadores/as contemporâneos/as. O estudo indica que no CREAS encontram-se presentes inúmeras forças que se reúnem em um fluxo na direção da judicialização do trabalho e da vida, sendo estas a trama pobreza-assistencialismo-tutelamento-culpa; a noção de Estado social e a biopolítica, que pressiona as trabalhadoras na direção do controle de si e da população; as práticas jurídicas enraizadas na sociedade e seus mecanismos de exame, de prova, de testemunho e de criminalização e, ainda, a precarização do trabalho. O processo de individualização se mostrou como uma força que transversaliza todas as outras e que pressiona fortemente no sentido da judicialização. O acompanhamento do CREAS e de suas relações com outros níveis e equipamentos da AS, bem como com outras políticas públicas, fez ver que essa dinâmica de forças não faz parte apenas do trabalho de um CREAS, mas se faz presente na AS brasileira assim como nas demais políticas públicas. Sendo assim, é possível dizer que as forças de individualização e culpabilização, enlevadas pelo projeto político liberal, se entrelaçam de forma a estarem presentes nas políticas públicas brasileiras como um todo. Entretanto, se por um lado existe uma trama de forças que pressiona na direção da judicialização, ao mesmo tempo existem forças que operam como contracondutas às práticas de judicialização. Essas forças são a coletivização e sua abertura a criações nos modos de trabalhar, assim como a produção de história e de memórias.

e o texto completo pode ser baixado em:

https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5007765

Tags: assistência socialassistencialismocoletivo e memóriajudicializaçãoLucia Regina Ruduit Diasprecarização

As Práticas Jurídicas e a Judicialização no Trabalho da Assistência Social

04/05/2021 12:40

Artigo publicado por Lucia Regina Ruduit Dias, Andréa Vieira Zanella e Jaqueline Tittoni tem o seguinte resumo:

O objetivo deste artigo é analisar a forma como as práticas jurídicas de trabalhadoras da assistência social se coadunam aos fluxos judicializantes do/no trabalho, ressaltando a resistência destes profissionais mediante a criação de processos de contraconduta. As ferramentas utilizadas para produção de informações na pesquisa-intervenção foram: acompanhamento das atividades da equipe, observações, entrevistas, conversas informais e oficina de fotografia. As análises realizadas, fundamentadas em Michel Foucault, evidenciaram forças judicializantes no trabalho da assistência social, bem como práticas jurídicas enraizadas através dos mecanismos da prova, do exame, do testemunho e do medo de advir criminosa. Entretanto, o estudo evidenciou também a presença de contracondutas às forças judicializantes, que se constituem através da coletivização no/do trabalho e a potência da pesquisa-intervenção para as análises dos processos de trabalho e para a construção coletiva de alternativas a problemas em tal processo.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link

Tags: Andrea Vieira Zanellaassistência socialjudicializaçãoLucia Regina Ruduit Diaspesquisa-intervençãopráticas jurídicas