Graffiti e cidade: sentidos da intervenção urbana e o processo de constituição dos sujeitos

30/11/2021 13:51

Artigo publicado por Janaina Rocha Furtado e Andréa Vieira Zanella na Revista Mal-Estar e Subjetividade tem o seguinte resumo:

O graffiti se apresenta como forma de intervenção urbana e expressão estética recorrente em cidades do mundo inteiro. Objetivou-se, a partir de entrevistas com seis grafiteiros da cidade de Florianópolis, investigar os sentidos atribuídos ao graffiti e os percursos de vida que os levaram à atividade do graffiti urbano. Para análise das entrevistas, utilizou-se análise de discurso com referencial teórico de Bakhtin e Vigotski. Foi possível constatar que, da pichação-diversão na juventude em que vislumbravam maneiras outras de viver no urbano, os jovens aproximaram-se do graffiti. Graffiti para eles é lazer e meio pelo qual se comunicam com a cidade e com seus transeuntes; buscam reconhecimento social e protestam contra as condições de vida da população com uma atividade reconhecida, por muitos deles, como arte. Foi possível observar que graffitar para eles é permeado por sentidos que se diferenciam dos já conhecidos, denotando pessoas que se relacionam com o mundo significativamente, constituindo-se sujeitos possíveis no urbano por meio desses sentidos muitas vezes revisitados. Sentidos construídos pela e nas suas histórias particulares.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482009000400010

Tags: Andrea Vieira Zanellaarte urbanacidadeconstituição do sujeitograffitiJanaína Rocha Furtadosentidos

Olhares de crianças a relevar a polifonia da cidade

30/11/2021 12:45

Artigo publicado por Gisele Schwede e Andrea Vieira Zanella na Revista Psico-UFS tem o seguinte resumo:

Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa que teve por objetivo compreender os sentidos atribuídos por crianças às relações que estabelecem com a cidade. Os recursos metodológicos para coleta de informações consistiram na realização de uma Oficina de Fotografia seguida de entrevistas para leitura das imagens produzidas. Discute-se aqui reflexões sobre o que apresentam os discursos e imagens fotográficas produzidos pelas crianças, analisados à luz do enfoque histórico-cultural em Psicologia e das contribuições de autores do Círculo de Bakhtin. Os resultados indicam que as crianças reconhecem haver circunstâncias em que ocupam uma situação de exclusão social, pois criticam tais circunstâncias e seus efeitos. Todavia, entendem que o bairro em que residem oferece benefícios para seus moradores. Conclui-se que a cidade em que se deu a pesquisa permite o agenciamento de múltiplas possibilidades, pois com fronteiras e sentidos intercambiantes, caracteriza-se por sua condição polifônica que propicia diversidades de experiências.

O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://www.scielo.br/j/pusf/a/YfFGrmwTZmTrjq9Mnk5Nh8r/?lang=pt&format=pdf

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