É com muito orgulho que divulgamos que no mês de novembro foi publicado no Le Monde Diplomatique Brasil o artigo “E o que os afetos têm a ver com a política?” fruto da pesquisa do NUPRA sobre afetividade, extremismos políticos e psicologia social. A pesquisa foi realizada durante os últimos três anos pelos professores coordenadores Lia Vainer Schucman, André Strapazzon e Tatiana Minchoni, e por Enzo Alexandre Odorizzi, Felipe Valente Antonakopoulos, Heloísa Petry, Leticia Silveira Correa, Maria Eduarda das Chagas, Matheus Manfroi Tanaka, Pedro Henrique de Melo e Silva e Victoria Imhof Correa.
Confira um trecho do artigo:
“O ressentimento, talvez o afeto político mais visível do nosso tempo, apareceu em falas que revelam como a impotência é convertida em acusação. “A aldeia do lado pode fazer picada e demarcar terra porque é de indígena. A gente, que é caboclo, não pode nada. Eles ganham tudo”, dizia uma mulher ribeirinha do Amazonas. A frase mostra o mecanismo típico do ressentimento: a dor se desloca para o outro mais próximo. A culpa pela perda não recai sobre o sistema econômico, o Estado ou as políticas neoliberais, mas sobre quem está ao lado: o negro, a mulher, o indígena, o LGBTQIA+, o “esquerdista”. As políticas de reconhecimento e inclusão aparecem como causa da própria exclusão. A lógica é perversa: o outro que conquista um direito se torna responsável por qualquer falta que se apresente em meu cotidiano.”
Leia na íntegra: https://diplomatique.org.br/e-o-que-os-afetos-tem-a-ver-com-a-politica/

O capítulo de livro intitulado: “’Arte en tiempos de pandemia: tragedia y procesos de subjetivación” de autoria de Andrea Vieira Zanella foi publicado no livro “La Pandemia del Capitalismo: Sujetos sociales y salud mental”.
O livro completo para download gratuito pode ser feito no: Link para download

Artigo publicado por Willamys da Costa Melo e Lia Vainer Schucman na revista Espaço Acadêmico tem o seguinte resumo:
A proposta deste ensaio é compreender quais os mecanismos ideológicos que alicerçam a supremacia branca à brasileira. Tem-se como hipótese central que tanto a ideia de mérito como o mito da democracia racial difundidos no tecido social brasileiro sustentam as relações de poder que possibilitam a existência da supremacia branca nas particularidades brasileiras sem que esta seja reconhecida como tal. Para esta argumentação, a construção social da ideia de mérito é apresentada e, posteriormente, são traçadas breves reflexões acerca de como a supremacia branca à brasileira se sustenta através do ideal de igualdade de oportunidades disseminado através do mito da democracia racial ainda vigente em nossa sociedade.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/59991
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branquitudedesigualdade racialLia Vainer SchucmanmeritocraciaracismoWillamys da Costa Melo

Artigo publicado por Marcela Andrade Gomes, Kátia Maheirie e Bruna Corrêa na revista Psicologia em Estudo tem o seguinte resumo:
Este artigo visa relatar uma experiência de estágio realizado em um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) junto a jovens de periferias da cidade de Florianópolis (SC), de modo a problematizar as possibilidades e desafios do uso do dispositivo grupal como instrumento de intervenção psicossocial. Este serviço, vinculado à Proteção Social Básica da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), tem como objetivo prevenir as situações de riscos e vulnerabilidades, bem como fortalecer os laços familiares e comunitários. Por meio da intervenção grupal, buscamos, junto com estes(as) jovens, criar um espaço de elaboração psíquica e política sobre temas significativos para suas vidas e para a atual sociedade. Apostamos na ideia de que as oficinas propiciaram a construção de um espaço coletivo que servisse de acolhimento ao sofrimento ético-político destes(as) jovens, subsidiando um afago às dores da vida e, também, servindo de catalisador aos processos de subjetivação política frente às iniquidades sociais que atravessam, sistematicamente, o cotidiano destes(as) jovens. Neste trabalho, trazemos reflexões em torno das potencialidades que o dispositivo grupal pode desencadear na constituição do sujeito, compreendendo-o como uma profícua ferramenta de intervenção psicossocial de escuta, acolhimento, fortalecimento comunitário e protagonismo político.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://www.scielo.br/j/pe/a/W7QtDsWyWXJcygBQdR9xkRP/
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Bruna CorrêagruposjovensKátia MaheirieMarcela De Andrade Gomesvulnerabilidade

Artigo publicado por Allan Henrique Gomes e Kátia Maheirie na revista Psicologia Política tem o seguinte resumo:
Este artigo apresenta os resultados de um encontro de pesquisa- -intervenção com trabalhadoras do Sistema Único de Assistência Social, participantes de um percurso de formação com ênfase na mediação audiovisual. A audiência e discussão de um documentário tematizando a cidade-território de atuação das trabalhadoras possibilitou uma análise inspirada nos pressupostos de Lev Vigotski e Jacques Rancière. Em termos de resultados, pode-se destacar que o encontro em análise está ligado aos encontros anteriormente produzidos no percurso formativo. O que se destaca deste quinto encontro de mediação audiovisual é processo denominado de “desinformação”, que significa decompor o documentário na discussão desde as afetações e experiências das participantes espectadoras, especialmente, as vivências de migração. Neste sentido, o artigo tensiona questões raciais na produção da memória da cidade. Por fim, considera-se que a mediação audiovisual mobilizou um processo de significação da cidade e reflexões sobre questões históricas e territoriais.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-549X2021000100015
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Allan Henrique GomesKátia Maheiriemediação audiovisualpercurso formativoPolíticas públicasterritório

Artigo publicado por Kátia Maheirie, Paulo Ricardo de Araújo Miranda, Bader Burihan Sawaia e Lupicinio Iñiguez-Rueda na revista Psicologia e Sociedade tem o seguinte resumo:
Este estudo analisa os processos de criação e autoria nas práticas acadêmicas de estudantes de graduação. Delineado no formato de pesquisa-intervenção, o estudo foi desenvolvido a partir de oficinas de leitura e escrita realizadas com estudantes de duas universidades federais brasileiras. As falas e textos produzidos pelos/as estudantes foram analisados discursivamente a partir de fundamentos de Bakhtin e de Vygotski e revelaram que o exercício de apropriação de novos modos de escrita é significado como um risco pelos/as discentes, que produzem seus textos responsivamente às práticas avaliativas. Indicam também que eles/as parecem desconhecer a dimensão criativa de suas produções, limitando a criação acadêmica à repetição de conceitos, restrições de formato e citações. Por outro lado, a escrita ganha traços de autoria e criação quando o conteúdo estudado é articulado às suas experiências e contextos sociais.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://www.scielo.br/j/pee/a/DfRZcGPn9F5RQYDqTcVn7BP/
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Bader Burihan SawaiaCRASexperiências coletivasKátia MaheirieLupicínio Iñiguez RuedaPaulo Ricardo de Araújo Mirandaprocessos democráticospsicologia

Artigo publicado por Andressa Dias ArndtKatia Maheirie na revista Psicologia e Sociedade tem o seguinte resumo:
Este artigo apresenta reflexões e análises sobre a Musicoterapia Social e Comunitária na América Latina e apresenta alguns deslocamentos na posição de musicoterapeutas que podem possibilitar alargamentos no campo de possíveis, tanto no âmbito da Musicoterapia Social e Comunitária como no campo de existência das pessoas. As informações que aqui analisamos foram construídas por meio de entrevistas e pesquisa no cotidiano de trabalho de musicoterapeutas latino-americanos/as. Acreditamos que alguns deslocamentos da posição de musicoterapeutas podem impulsionar a criação de processos de subjetivação política. A partir da perspectiva de Jacques Rancière, compreendemos que é por meio de processos de subjetivação política que lugares identitários podem ser tensionados, perturbando assim as formas de pensabilidade, audibilidade e visibilidade operantes nos cotidianos com os quais temos trabalhado. Por fim, apresentamos a possibilidade da criação artística no processo de alargamento das possibilidades de ser, pensar e agir.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://www.scielo.br/j/psoc/a/6bDmzSSrLk39xWGd7VHMsYz/
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Andressa Dias ArndtKátia Maheiriemúsicamusicoterapia social e comunitáriasubjetivação política

Artigo publicado por Graziele Aline Zonta e Andréa Zanella na Psicologia em Estudo tem o seguinte resumo:
As universidades brasileiras contam com um público de estudantes cada vez mais diversificado. Dentre eles, constam estudantes adultos(as) que ingressaram no ensino superior anos após a conclusão do ensino médio, destacando-se por serem mais velhos do que seus colegas de curso. Suas condições de vida e as possibilidades de permanência nessas instituições diferem daquelas de estudantes mais jovens, situação que exige o investimento em estudos sobre esse grupo específico. Nessa direção, este artigo analisa os sentidos sobre o processo de ingresso; sobre os desafios enfrentados no relacionamento com colegas; e sobre como estudantes que ingressaram na graduação após os 40 anos de idade vivenciam as práticas de ensinar e aprender na universidade. Os depoimentos de três estudantes desse grupo, que participaram de uma pesquisa-intervenção metodologicamente organizada no formato de oficinas de leitura e escrita, foram submetidos a uma análise de discurso de orientação bakhtiniana. Eles(as) relataram como realizam o enfrentamento das tensões que envolvem a inserção no campo discursivo universitário, dando destaque a embates no relacionamento com colegas mais jovens, à apropriação das novas tecnologias de informação e aos aprendizados propiciados pela participação no cotidiano acadêmico-universitário.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://www.scielo.br/j/pe/a/JbGM6xNVQQk3Jsc9LddsPTH/
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Adultos(as) universitários(as)Andrea Vieira Zanellaensino superiorGraziele Aline Zontaoficinas de leitura e escrita

Artigo publicado por Jardel Pelissari Machado e Andréa Zanella na revista EDUCAÇÃO tem o seguinte resumo:
Inserido no campo dos estudos sobre a Educação Superior Brasileira, este trabalho tem por objetivo analisar respostas/posicionamentos de estudantes de graduação de uma universidade pública brasileira às dimensões e possibilidades espaçotemporais em suas vidas acadêmicas. Para tal, com base na filosofia da linguagem do Círculo de Bakhtin e na Filosofia Crítica, foi realizada uma pesquisa de caráter interventivo com Oficinas de fotografia, as quais produziram dados compostos por fotografias, diários de campo e transcrições de diálogos. Ao analisar os dados, discute-se sobre: a organização discursiva espaçotemporal da vida acadêmica e seus efeitos aos processos de produção de subjetividades das/os estudantes; a não homogeneidade e não linearidade dos espaçotempos na vida universitária; criação de novos olhares, sensibilidades, pensabilidades e possibilidades de ação a partir da instauração e convite a tempos lentos. Conclui-se sobre a necessidade de criação e visibilização de espaçotempos lentos, que permitam a apropriação crítica dos processos por aquelas/es que os vivenciam.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista:
https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/48336/46085
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Andrea Vieira Zanellaeducação superiorespaçotempofotografiaJardel Pelissari Machado

Artigo publicado por Gabriel Bueno e Andréa Zanella na revista Psicologia USP tem o seguinte resumo:
Imagem, cinema e psicologia – este artigo tece um diálogo entre esses três complexos e abrangentes temas para desenvolver algumas aproximações teórico-conceituais entre arte e ciência. Tendo como referência a arte cinematográfica, alguns dos recursos técnicos utilizados na composição de suas obras e conceitos oriundos dessa linguagem, o artigo procura içar pontes que partam do campo da estética para agregar reflexões referentes aos processos de subjetivação. Esta alçada tem como horizonte a filosofia da imagem e do tempo de Gilles Deleuze entrelaçada à compreensão benjaminiana da imagem como constituinte do pensamento e o tempo como um eterno agora que não cessa de se atualizar. Ambas as teorias são abordadas de forma dialógica para estabelecer cruzamentos com outros pensadores do cinema e da cultura, bem como com algumas obras fílmicas.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: https://www.scielo.br/j/pusp/a/mLZ7rRvFLX7MVQ4DHHrtPfP
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Andrea Vieira ZanellaBenjamincinemaDeleuzeGabriel Buenoimagempsicologia