A dissertação de Mestrado de autoria de Marcelo Felipe Bruniere e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2019 e tem o seguinte resumo:
ESTA DISSERTAÇÃO É FRUTO DE UMA PESQUISA SOBRE PROCESSOS DE SUBVERSÃO, RESISTÊNCIA E ENFRENTAMENTO A ESTÉTICA DA COLONIALIDADE NO TRABALHO ARTÍSTICO DO COLETIVO MAHKU, COMPOSTO POR PESSOAS DA ETNIA HUNI KUIN. CONFORME NOSSOS ESTUDOS, O ENCONTRO ENTRE INDÍGENAS E AS MISSÕES JESUÍTICAS LIDERADAS PELA COMPANHIA DE JESUS FOI A CENA PRINCIPAL NA CONSTRUÇÃO DO PROCESSO DE COLONIALIDADE NO BRASIL. A COLONIALIDADE É UM PROCESSO HISTÓRICO QUE SE REFERE A UM PADRÃO DE PODER QUE ATUALIZA HIERARQUIAS RACIAIS, CULTURAIS, SEXUAIS E EPISTÊMICAS, REPRODUZINDO RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E A CONTINUIDADE DO COLONIALISMO EM DETERMINADOS TERRITÓRIOS. NESSE QUADRO, A ESTÉTICA DA COLONIALIDADE É UMA ATUALIZAÇÃO DA MODERNIDADE/COLONIALIDADE QUE INCIDE ESPECIALMENTE SOBRE AS FORMAS DE SENTIR E PERCEBER, OCORRENDO NA INTERSECÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO, COMO SEXUALIDADE, GÊNERO, RAÇA, CLASSE, IDEAIS DE BELEZA E PADRÕES DE EFICIÊNCIA CORPORAL. JÁ AS ESTÉTICAS DECOLONIAIS PROCEDEM COMO RECONHECIMENTO E EXPOSIÇÃO DAS EXISTÊNCIAS IMPOSSÍVEIS, MISTIFICADAS OU DISSIMULADAS PELA ESTÉTICA MODERNA, CONFIGURANDO-SE POR UM PROCESSO ANTROPOFÁGICO DE DESOBEDIÊNCIA AO QUE É DADO NA COLONIALIDADE, UMA INSOLÊNCIA DOS ¿MAUS SELVAGENS¿. OS HUNI KUIN HABITAM A REGIÃO AMAZÔNICA, NA FRONTEIRA ENTRE O ESTADO DO ACRE E O PERU. ELES VIVEM UMA REALIDADE DE RESISTÊNCIA À ESTÉTICA DA COLONIALIDADE. SOBREVIVERAM A DIFERENTES INVESTIDAS DO ESTADO NACIONAL, MISSIONÁRIOS ESTRANGEIROS E VÁRIAS FRENTES EXTRATIVISTAS. ABORDAREMOS A CANTORIA DOS HUNI MEKA E COMO CONSTROEM UMA ARTE MIRAÇÃO A PARTIR DA ESTÉTICA XAMÂNICA DO NIXI PAE.
e o texto completo pode ser baixado em:
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7626738
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Artigo publicado por Felipe Augusto Leques Tonial, Kátia Maheirie, Carlos Alberto Severo Garcia Jr. tem o seguinte resumo:
A colonialidade, sendo parte do projeto civilizatório da modernidade, pode ser entendida como um padrão ou uma matriz colonial de poder que, com base na naturalização de determinadas hierarquias (territoriais, raciais, epistêmicas, culturais e de gênero), produz subalternidade e oblitera conhecimentos, experiências e formas de vida daqueles/as que são explorados/as e dominados/as. Esse movimento colonizador, por sua fez, possibilita a reprodução e a manutenção das relações de dominação ao longo do tempo nas diversas esferas da vida social. Sendo assim, a presente proposta de reflexão visa discutir algumas problematizações que estão sendo formuladas nos últimos anos quando pensamos em resistir ou enfrentar a colonialidade, a saber, a ideia das “Epistemologias do Sul” de Boaventura de Souza Santos, a proposta da “interculturalidade” de Catherine Walsh e o “pensamento fronteiriço” e o “paradigma outro”, como proposto por Walter Mignolo. Ressalta-se que importa, mais do que solucionar problemas, contribuir com elementos e reflexões que problematizem a (des)colonização da psicologia e que primem pelo reconhecimento da diversidade de conhecimentos e formas de vida presentes no contexto latino-americano.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link
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Artigo publicado por Iclicia Viana, Felipe Augusto Leques Tonial, Marcelo Felipe Bruniere e Katia Maheirie tem o seguinte resumo:
O objetivo deste artigo é problematizar as experiências de indígenas no contexto universitário, tomando a noção de colonialidade como articuladora da análise. Para tanto, o artigo analisa duas cenas que ocorreram em uma universidade brasileira. A partir da ideia de campo-tema, a produção das informações deu-se no cotidiano universitário em diferentes ocasiões e em distintas atividades junto a estudantes indígenas, finalizando com uma roda de conversa em torno da experiência na universidade. Os resultados apontam que, por um lado, essas/es estudantes têm vivenciado uma formação colonizada e colonizadora, que invisibiliza suas experiências, saberes e modos de vida; por outro lado, eles/elas (re)existem produzindo fissuras de descolonização, objetivando-se em diálogos interculturais, que produzem novos caminhos e alternativas à colonialidade cotidiana.
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O artigo publicado por Felipe Augusto Leques Tonial, Kátia Maheirie e Claudia Junqueira de Lima Costa tem o seguinte resumo:
Objetivamos, sob a ótica do pensamento decolonial, problematizar a colonialidade a partir das contribuições do pensamento de Jacques Rancière orientados pelos conceitos de estética, partilha do sensível e arkhé. A partir do referencial decolonial, o pensamento de Jacques Rancière avança no debate sobre a colonialidade quando traz o conceito de estética como uma configuração do sensível. A ideia de partilha do sensível pode nos indicar as maneiras de separar e compartilhar a um só tempo, lugares sociais e identidades, trazendo suas divisões, culminando em percepções que coadunam e/ou percepções que rompem com o estabelecido. O conceito de arkhé nos fornece a inteligibilidade dos processos de colonização e a pensabilidade que se coloca na base da naturalização das hierarquias. Assim, fazse necessário compreender não apenas a distribuição de lugares, mas, por ser um regime de sensibilidade, compreender também os mecanismos de subjetivação inerentes ao processo de decolonização.
O texto completo do artigo pode ser acessado no site da revista: link
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