O artigo publicado por Katia Maheire; Marcela de Andrade Gomes; Tatiana Minchoni; Felipe Augusto Leques Tonial; Marcelo Felipe Bruniere e Ana Paula Silva Hining tem o seguinte resumo:
Este artigo aponta desafios e possibilidades que se apresentam no cotidiano de trabalhadoras de CRAS. Baseando-nos em Jacques Rancière, analisamos as tensões no campo e seus desdobramentos em práticas profissionais. Para tanto, 42 trabalhadoras/es responderam um questionário e participaram de entrevistas coletivas. Para proceder a análise, elaboramos aqui duas categorias: as relações do CRAS/equipe com a gestão e a PNAS; e as condições, rotinas e práticas de trabalho. Os resultados indicam uma tensão entre modelos de atenção, uma assistencialista caritativa, voltada à lógica do Estado mínimo, e outra preconizada pela Constituição de 88, bem como duas lógicas de atuação, uma voltada às ações coletivas e à família, e outra à individualização e judicialização da vida. Mas, indicam, ao mesmo tempo, um exercício de reinvenção das equipes, pautado por processos de desnaturalização e desidentificação, bem como pela construção de estratégias para coletivizar demandas e construir redes intersetoriais.
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A dissertação de Mestrado de autoria de Marcelo Felipe Bruniere e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2019 e tem o seguinte resumo:
ESTA DISSERTAÇÃO É FRUTO DE UMA PESQUISA SOBRE PROCESSOS DE SUBVERSÃO, RESISTÊNCIA E ENFRENTAMENTO A ESTÉTICA DA COLONIALIDADE NO TRABALHO ARTÍSTICO DO COLETIVO MAHKU, COMPOSTO POR PESSOAS DA ETNIA HUNI KUIN. CONFORME NOSSOS ESTUDOS, O ENCONTRO ENTRE INDÍGENAS E AS MISSÕES JESUÍTICAS LIDERADAS PELA COMPANHIA DE JESUS FOI A CENA PRINCIPAL NA CONSTRUÇÃO DO PROCESSO DE COLONIALIDADE NO BRASIL. A COLONIALIDADE É UM PROCESSO HISTÓRICO QUE SE REFERE A UM PADRÃO DE PODER QUE ATUALIZA HIERARQUIAS RACIAIS, CULTURAIS, SEXUAIS E EPISTÊMICAS, REPRODUZINDO RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E A CONTINUIDADE DO COLONIALISMO EM DETERMINADOS TERRITÓRIOS. NESSE QUADRO, A ESTÉTICA DA COLONIALIDADE É UMA ATUALIZAÇÃO DA MODERNIDADE/COLONIALIDADE QUE INCIDE ESPECIALMENTE SOBRE AS FORMAS DE SENTIR E PERCEBER, OCORRENDO NA INTERSECÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO, COMO SEXUALIDADE, GÊNERO, RAÇA, CLASSE, IDEAIS DE BELEZA E PADRÕES DE EFICIÊNCIA CORPORAL. JÁ AS ESTÉTICAS DECOLONIAIS PROCEDEM COMO RECONHECIMENTO E EXPOSIÇÃO DAS EXISTÊNCIAS IMPOSSÍVEIS, MISTIFICADAS OU DISSIMULADAS PELA ESTÉTICA MODERNA, CONFIGURANDO-SE POR UM PROCESSO ANTROPOFÁGICO DE DESOBEDIÊNCIA AO QUE É DADO NA COLONIALIDADE, UMA INSOLÊNCIA DOS ¿MAUS SELVAGENS¿. OS HUNI KUIN HABITAM A REGIÃO AMAZÔNICA, NA FRONTEIRA ENTRE O ESTADO DO ACRE E O PERU. ELES VIVEM UMA REALIDADE DE RESISTÊNCIA À ESTÉTICA DA COLONIALIDADE. SOBREVIVERAM A DIFERENTES INVESTIDAS DO ESTADO NACIONAL, MISSIONÁRIOS ESTRANGEIROS E VÁRIAS FRENTES EXTRATIVISTAS. ABORDAREMOS A CANTORIA DOS HUNI MEKA E COMO CONSTROEM UMA ARTE MIRAÇÃO A PARTIR DA ESTÉTICA XAMÂNICA DO NIXI PAE.
e o texto completo pode ser baixado em:
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7626738
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Artigo publicado por Leandro Almir Aragon, Marcelo Felipe Bruniere e Kátia Maheirie tem o seguinte resumo:
Neste artigo analisamos a criação estética do coletivo de RAP Arma-Zen PRN em sua potência política. Para tanto, partimos do conceito de política em Rancière e do conceito de máquina de guerra em Deleuze e Guattari. As informações foram produzidas por meio de duas entrevistas coletivas realizadas com o coletivo musical, postagens do coletivo e seus membros em redes sociais, imagens de divulgação e letras de músicas. Estas informações foram analisadas a partir da análise do discurso, com base nas informações e na bibliografia estudada. A performance estética deste coletivo se dirige à invenção de um outro modo de ser no mundo que descristaliza experiências. Por fim, encontramos a produção de uma máquina de guerra-pacificadora que visa produzir um modo de ser que combina a potência combativa e revolucionária da arma à potência criadora do zen.
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Artigo publicado por Iclicia Viana, Felipe Augusto Leques Tonial, Marcelo Felipe Bruniere e Katia Maheirie tem o seguinte resumo:
O objetivo deste artigo é problematizar as experiências de indígenas no contexto universitário, tomando a noção de colonialidade como articuladora da análise. Para tanto, o artigo analisa duas cenas que ocorreram em uma universidade brasileira. A partir da ideia de campo-tema, a produção das informações deu-se no cotidiano universitário em diferentes ocasiões e em distintas atividades junto a estudantes indígenas, finalizando com uma roda de conversa em torno da experiência na universidade. Os resultados apontam que, por um lado, essas/es estudantes têm vivenciado uma formação colonizada e colonizadora, que invisibiliza suas experiências, saberes e modos de vida; por outro lado, eles/elas (re)existem produzindo fissuras de descolonização, objetivando-se em diálogos interculturais, que produzem novos caminhos e alternativas à colonialidade cotidiana.
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