O Paraíso das crianças da Cidade dos Príncipes: a polifonia urbana revelada em imagens fotográficas

13/05/2021 15:37

A dissertação de Mestrado de autoria de Gisele Schwede e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2010 e tem o seguinte resumo:

Esta pesquisa teve como objetivo investigar os sentidos que um grupo de crianças atribui às relações que estabelecem com a cidade. Para isso, privilegiaram-se as teorias do autor Lev Semenovitch Vigotski e de autores do Círculo de Bakhtin como guias para a compreensão da constituição subjetiva das crianças participantes da pesquisa, todas com idades entre dez e doze anos e residentes na cidade de Joinville/SC. Para a coleta de informações foram adotados os seguintes procedimentos: observações no bairro em que elas vivem e na escola em que estudam; desenvolvimento de uma Oficina de Fotografias; entrevistas permeadas pela leitura das imagens fotográficas por elas produzidas. As análises a que foram submetidas estas informações apontaram para a emergência de quatro categorias: as possibilidades e impossibilidades de acesso à cidade; a violência; a cidade e o trabalho nela desenvolvido e; ser criança na cidade. As imagens fotográficas produzidas pelas crianças pesquisadas mostram prioritariamente o bairro em que residem, o que suscitou a reflexão acerca das (im)possibilidades de uso e circulação na cidade e as experiências daí decorrentes. Revelam ainda os jogos de visibilidade e invisibilidade que as imagens fotográficas têm o potencial de desvelar acerca do que está disponível para o exercício do olhar de crianças que ocupam determinados espaços da cidade. Além disso, a investigação indica que as crianças reconhecem haver circunstâncias em que ocupam uma situação de exclusão social e de falta de garantia de direitos, pois criticam tais circunstâncias e os efeitos daí decorrentes. Nas relações que estabelecem com a cidade, as crianças revelam que o trabalho ocupa lugar central na organização do cotidiano de suas famílias e delas próprias, que precisam se adaptar à rotina de trabalho dos pais. Elas associam o trabalho à geração de renda e consequente subsistência das famílias, bem como, à dignificação da condição do sujeito trabalhador. As crianças denotam ainda que sentem os efeitos da violência na cidade, à medida que tomam conhecimento de atos violentos acontecendo muito próximo a elas ou mesmo dentro de suas casas. A pesquisa realizada propiciou conhecer, através dos olhares das crianças, várias cidades na cidade: a cidade idealizada, fomentada por certos discursos e que remete a seu mito fundador; a cidade real, que faz emergir o medo, que é precária em alguns aspectos, que às vezes é distante, às vezes é bonita. Cidade, enfim, que é o cenário para múltiplas e diversificadas experiências.

e o texto completo pode ser baixado em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93485

Tags: cidadeconstituição do sujeitocriançadiscursofotografiaGisele Schwede

O Humano Em Womanity: publicidade e processos de subjetivação

13/05/2021 15:35

A dissertação de Mestrado de autoria de Dâmaris de Oliveira Batista da Silva e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2012 e tem o seguinte resumo:

A cultura da comunicação transforma e cria uma nova forma urbana, a comunicação urbana que produzida é para nos capturar e com maior intensidade nessa sociedade do consumo. Há na comunicação publicitária uma proposta ideológica, pois cada signo é dirigido a alguém e o diálogo é constituído pelo poder. Nossa inserção no mundo define e é definida por tempos e espaços de circulação e vivência; estes delimitam e possibilitam a constituição dos sujeitos Na partilha do sensível nesta sociedade do consumo, o discurso publicitário constrói um comum que disponível está a todos, mas ao mesmo tempo nos singulariza pelo poder de compra. Temos uma dimensão política na comunicação publicitária. Com o objetivo de compreender que perspectivas de humano e humanidade sustentam e possibilitam Womanity, estudamos o perfume, a proposta da plataforma, a fotografia e o filme, elementos integrantes da campanha publicitária. Percebemos que o olfato tem sido um sentido esquecido pelas pesquisas em Psicologia, enquanto a indústria do perfume cresce no país e a propaganda do mesmo presente está em muitos espaços. Fragrâncias são criadas em consonância com um tempo, um espaço e os valores que ali são forjados. As estratégias de marketing criadas são para atrair, manter e fidelizar consumidores em torno do produto. A comunicação do marketing reflete e refrata o mundo; vem dele ao mesmo tempo em que o transforma. Para os tempos contemporâneos, a comunicação publicitária é inseparável das estratégias de sobrevivência das mercadorias. E essas, as mercadorias, inseparáveis são dos sujeitos inseridos num tempo em que consumir é condição para ser, pertencer e se relacionar. Estudamos os enunciados da campanha. Concluímos que para os tempos contemporâneos, a comunicação publicitária é inseparável das estratégias de sobrevivência das mercadorias. E essas, as mercadorias, inseparáveis são dos sujeitos inseridos num tempo em que consumir é condição para ser, pertencer e se relacionar. As estratégias de propaganda e publicidade, então, se mostraram potencialmente detentoras de uma dimensão artística e política, no sentido de que mobilizam e provocam o modo como nos organizamos em sociedade. Definimos tais dimensões seja pela perspectiva econômica, pois convida ao consumo, seja pela perspectiva em que possibilita a construção de significados de pertencimento, participação e prazer estético. A humanidade, em Womanity, tensiona diversas dicotomias, como fragrância masculina e fragrância feminina, tempo passado e tempo futuro, eu e você, emissor e receptor; e discorre sobre o compartilhamento, o encontro, a mistura de cores, espaços, sabores, odores, elementos tido como contrastantes, para os colocar em um mesmo tempo, espaço e lugar criando mudanças.

e o texto completo pode ser baixado em:

http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/99494

Tags: comunicação urbanaDâmaris de Oliveira Batista da Silvaprocessos criativospublicidadesubjetividade

JOVENS, ARTE E CIDADE: (Im)possibilidades de relações estéticas em Programas de Contraturno Escolar

13/05/2021 15:27

A dissertação de Mestrado de autoria de Neiva de Assis e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2011 e tem o seguinte resumo:

O objetivo desta pesquisa foi investigar os sentidos das atividades artísticas para jovens participantes de um programa de contraturno escolar. A lente que demarcou as análises compreendeu fundamentalmente as discussões sobre educação estética e arte, desenvolvidas pelo enfoque histórico-cultural em psicologia e pelos autores do Círculo de Bakhtin. O lócus inicial da pesquisa foi uma organização educativa não governamental no município de Blumenau e os sujeitos os educadores de arte, o coordenador da ONG e jovens com idades entre 10 e 14 anos que frequentavam a ONG. Foi por meio de quatro modos distintos de produção de conhecimentos repensados e reinventados no próprio processo de pesquisar, que essa pesquisa se fez como acontecimento: encontros conjuntos com dois grupos de jovens, conversas individuais com dois professores e uma coordenadora, conversas com quatro jovens no trajeto ONG/Escola e conversas individuais com os jovens no espaço da instituição educativa. Como resultados constatou-se que apesar de significativas diferenças da ONG e escola, o contraturno escolar ainda manteve práticas de domesticação e controle, reafirmando-se como espaço instituído. Mas os jovens investigados resistiram as amarras da institucionalização, criaram estratégias de vivência e de encontro com os outros, ali criaram e recriaram a si mesmos. E por compreender essas estratégias a pesquisa mudou de rumo: o encontro com jovens em uma pesquisa que assume uma perspectiva dialógica trouxe como resultado a necessidade de abrir mão do conceito cristalizado da juventude, da divisão em faixas etárias, e assumir uma posição em favor da opção de compreendê-los em suas interações com a cidade, seus espaços, trajetos e a possibilidade de uma educação estética também no contexto urbano.

e o texto completo pode ser baixado em:

http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94779

Tags: contraturno escolaeducação estéticajovensNeiva de Assispesquisa-intervenção

Eu – Nós – Eles: a cidade e a música: jovens em situação de rua e as relações com o seu fazer musical

13/05/2021 15:24

A dissertação de Mestrado de autoria de Percy Francisco Velarde Castillo e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2008 e tem o seguinte resumo:

Ao olhar a cidade como um outro podemos ouvir diferentes vozes sociais que ali ecoam, sendo, uma delas, a música. O objetivo desta pesquisa foi investigar as relações dos sujeitos que estão em situação de rua no movimento de (re)criação da música na cidade. A pesquisa foi realizada nas ruas da cidade de Lima-Peru, e participaram da pesquisa 10 jovens adolescentes músicos, entre eles 7 do sexo masculino e 3 do sexo feminino, com idades entre 15 e 20 anos. Foram analisadas, à luz das contribuições teóricas de Lev S. Vygotski e do Círculo de Bakhtin, as possibilidades desses jovens se reconhecerem como capazes de (re)criar e, ao mesmo tempo, reconhecerem a sua criação como um outro nesse movimento com a música, bem como reconhecer os outros com os quais (re)criavam dialogicamente. Para a coleta de informações foram realizadas observações, entrevistas e registros fotográficos. Foram analisadas as condições sociais, culturais e históricas em que vivem esses sujeitos e suas relações com os outros na cidade mediadas pela música, tendo sido observadas as estratégias para a sobrevivência na cidade. Ao ter esse novo olhar sobre a cidade, foi possível identificar as aprendizagens e o processo de constituição dos sujeitos na cidade mediado pela música os quais, nesse processo, reconheceram sua forma de (re)criação com o outro. Pensamento e emoções entrelaçaram-se às emoções e pensamentos na (re)criação musical, e dessa maneira foi possível ver/ouvir/sentir essa (re)criação como mediador de seu desenvolvimento. Constatou-se, por fim, que a (re)criação é um intenso processo de diálogo com as múltiplas vozes da cidade e possibilidades e desafios diversos em relação ao (re)criar com um outro.

e o texto completo pode ser baixado em:

http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/90988

Tags: cidadejovensmúsicaPercy Francisco Velarde Castillo

Eisenstein e a psicologia da arte

13/05/2021 15:22

A dissertação de Mestrado de autoria de Marcelo Grimm Cabral e orientado pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2008 e tem o seguinte resumo:

Este trabalho parte da obra teórica e cinematográfica do cineasta soviético Sergei Eisenstein. O foco da pesquisa incide sobre a sua transição do teatro ao cinema e sobre a formuação do seu cinema intelectual, buscando discutir a dimensão psicológica de suas teorias. Para isso, realizou-se o empenho de problematizar Eisenstein em função dos filmes e dos conceitos que criou na construção de uma espécie de diálogo entre seus filmes, suas teorias e a fundamentação psicológica que ele desenvolve ao tratar do problema da forma e do conteúdo da arte. Conclui-se que a produção dos primórdios do que se chama de psicologia histórico-cultural, sobretudo as idéias desenvolvidas na Psicologia da Arte (1925-2001) por Vygotski, caracteriza-se como interlocutora fundamental no trajeto prático e teórico de Eisenstein nas décadas de 20 e 30 do século XX.

e o texto completo pode ser baixado em:

http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91258

Tags: cinemaeisensteinMarcelo Grimm Cabralpsicologia da arte

Diferentes olhares: um “tour” com crianças pelo centro histórico da cidade

13/05/2021 15:20

A dissertação de Mestrado de autoria de Rafaela Tzelikis Mund e orientada pela Professora Andréa Vieira Zanella foi defendidada no ano de 2012 e tem o seguinte resumo:

A cidade é local em que diversos tempos se inscrevem e contam histórias de sua ocupação e da diversidade que a conota. O centro histórico por sua vez é local onde esses variados tempos se evidenciam, pois apresenta elementos possíveis de serem vistos, lidos, sentidos, aspectos de sua história, daquilo que o constituiu e constitui, e que estão presentes nos cotidianos atuais de quem transita pelo local. Na condição de professora de crianças, com idades entre 7 e 9 anos, organizei um “tour” com elas pelo centro histórico, a fim de que explorassem o local, neste evento cada uma de posse de uma câmera digital, pôde olhar e fotografar o que viu, escolhendo três, das muitas fotografias produzidas, para apresentar ao grupo de colegas e a professora. As fotografias escolhidas por elas e os discursos – que foram registrados por mim em meu caderno de grupo – que emergiram durante o transitar, bem como os enunciados durante a aula de apresentação das imagens, foram documentos utilizados na pesquisa que objetivou analisar os diferentes olhares das crianças sobre o centro histórico da cidade. Optei por não deter as análises sobre cada imagem fotográfica em particular: analisarei os aspectos de um modo geral a partir das suas similaridades, em categorias que foram organizadas a partir de diferentes temas como: o religioso, os animais, as vistas da cidade, os pontos turísticos, as armas e a natureza. As análises desses documentos fundamentaram-se nas contribuições de autores como Lev Semenovitch Vigotski e do Círculo de Bakhtin, que possibilitaram entender as condições culturais, sociais e históricas das crianças e da professora e as relações estabelecidas entre elas e os diferentes contextos observados e vivenciados. Através de conceitos como: olhar estético, experiência, dialogia, discursos, dentre outros, foi possível perceber o lugar da fotografia como instrumento de produção de memórias, imaginação e, portanto, criação de novos e outros sentidos, fundamental à mudança nos olhares e modos de agir no mundo, com os outros.

e o texto completo pode ser baixado em:

http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/103442

Tags: cidadecriançafotografiaolharRafaela Tzelikis Mund

A MEDIAÇÃO DA MÚSICA NO MST: um estudo em contextos e eventos coletivos em Santa Catarina

13/05/2021 15:18

A dissertação de Mestrado de autoria de Apoliana Regina Groff e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2010 e tem o seguinte resumo:

Este trabalho teve como objetivo geral compreender a mediação da música do cotidiano do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por meio de um estudo em contextos e eventos coletivos em Santa Catarina. A metodologia utilizada se fundamenta numa perspectiva dialógica na produção do conhecimento, ancorada na matriz teórica da psicologia histórico-cultural de Vygotski e seus interlocutores, dialogando também com autores como Bakhtin e Vázquez. Foram realizadas entrevistas com dez sujeitos, mediadas pelo roteiro norteador e pelo gravador de áudio. As entrevistas aconteceram em dois eventos coletivos, quais sejam, a Comemoração dos 24 anos do MST em SC e o Primeiro Encontro Regional de Violeiros, ambos realizados na cidade de Abelardo Luz. Também foram realizadas entrevistas com sujeitos Sem Terra no contexto do Acampamento Irmã Jandira, localizado na região do planalto do estado. O estudo aponta que a presença da música no MST teve como principal mediação a igreja católica, por meio da CPT. Desde o surgimento do Movimento a igreja criava canções com temas ligados a realidade do povo pobre que vivia no contexto rural. No entanto, essas músicas sofreram transformações, na medida em que foram apropriados às letras das canções, elementos políticos e ideológicos do MST. O estudo também revela a intensa atividade de criação musical dos Sem Terra, principalmente no contexto dos acampamentos. Acerca da mediação da música, compreendemos que ela anima e significa a luta dos Sem Terra, possibilita o aumento da potência de ser e de agir deste movimento social, estetiza as práticas cotidianas do Movimento, afeta os sujeitos e produz processos de resistência e (re)criação. e o texto completo pode ser baixado em:

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=187700

Tags: Apoliana Regina Groffatividade criadoramstmúsicarelação estéticasignificados

A cidade em foco: olhares a partir do bairro Chico Mendes

13/05/2021 15:16

A dissertação de Mestrado de autoria de Flora Lorena Branco Muller e orientada pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2013 e tem o seguinte resumo:

ESTA PESQUISA TEVE COMO OBJETIVO INVESTIGAR A RELAÇÃO DE MORADORES DE UM BAIRRO DA PERIFERIA DE FLORIANÓPOLIS COM ESTA CIDADE. ESTE TRABALHO ESTÁ ANCORADO NA PERSPECTIVA DA PESQUISA-INTERVENÇÃO, SOB A ÓTICA DA PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA. A CIDADE É AQUI ENFRENTADA COMO LUGAR DE CONTRADIÇÕES, ONDE CIRCULAM OS DIVERSOS BENS CULTURAIS E MATERIAIS PRODUZIDOS PELA HUMANIDADE, MAS, CONCOMITANTEMENTE, A URBE TAMBÉM É O LOCAL ONDE AS DESIGUALDADES SOCIAIS FICAM EVIDENCIADAS. PARA O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE INFORMAÇÕES FORAM REALIZADOS ENCONTROS SEMANAIS, TAMBÉM CHAMADOS DE OFICINAS ESTÉTICAS, NUMA ONG DO BAIRRO ONDE A PESQUISA ACONTECEU. A ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES OCORREU POR MEIO DA SELEÇÃO DE FRAGMENTOS, TANTO DOS MATERIAIS PRODUZIDOS NAS OFICINAS ESTÉTICAS (TRANSCRIÇÕES DO ÁUDIO DOS ENCONTROS E FOTOGRAFIAS PRODUZIDAS PELOS PARTICIPANTES), QUANTO PELOS RELATOS EM DIÁRIO DE CAMPO; ESTES FRAGMENTOS FORAM ANALISADOS NA FORMA DE EXCERTOS. BUSCOU-SE FORMULAR A ANÁLISE DESSES FRAGMENTOS COMPONDO-OS COMO UMA MONTAGEM, FAVOR

e o texto completo pode ser baixado em:

https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/123060

Tags: cidadediscursosFlora Lorena Branco Mullerfotografiaperiferia

A arte de ouvir rap (e de fazer a si mesmo) investigando o processo de apropriação musical

13/05/2021 15:14

A dissertação de Mestrado de autoria de Jaison Hinkel e orientado pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2008 e tem o seguinte resumo:

Esta pesquisa teve por objetivo investigar se há e como se processa a relação estética entre sujeitos ouvintes e a música Rap, no processo de apropriação musical. Partimos de uma perspectiva sócio-histórica, onde as reflexões metodológicas propostas por Vygotski estiveram tecidas as idéias de Bakhtin, como também as contribuições de Sartre, em um movimento dialógico com alguns leitores que se fazem interlocutores destes autores. A partir deste horizonte, realizamos entrevistas individuais e abertas com cinco jovens moradores de periferia da região de Blumenau/SC. As análises indicaram a apropriação musical dos sujeitos investigados como um complexo processo que envolve aspectos referentes às propriedades físico-perceptuais do objeto estético Rap e a biografia de cada sujeito-ouvinte. O corpo do sujeito, a forma (musicalidade) e o conteúdo (protesto) do Rap, e a mediação da alteridade e do imaginário, se fizeram categorias centrais para a compreensão do processo de apropriação musical. O enlace entre as dimensões ética e estética também ocupou lugar de destaque nas análises, posto que indicou a afetividade como postura central no sujeito musical, onde a transmutação afetiva (catarse) possibilitou aos entrevistados realizar movimentos de (re)invenção biográfica. Assim, a apropriação musical se mostrou como um complexo processo de conversão do coletivo em singular, fenômeno que exige um lugar co-criador do sujeito-ouvinte que se apropria dos significados expressos nas músicas e produz, a partir destes, novas zonas de sentido. e o texto completo pode ser baixado em:

http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91706

Tags: apropriação musicalcatarseJaison Hinkelpsicologia sociohistóricarap

“OLHOS VENDADOS”: A EXPERIÊNCIA CRIADORA NA PRODUÇÃO DE UM CURTA-METRAGEM

13/05/2021 15:12

A dissertação de Mestrado de autoria de Allan Henrique Gomes e orientado pela Professora Kátia Maheirie foi defendidada no ano de 2011 e tem o seguinte resumo:

O curta-metragem “Olhos Vendados” foi produzido por sete jovens durante um ano letivo em uma organização educativa na cidade de Blumenau. O objetivo desta dissertação foi investigar os sentidos da experiência criadora destes jovens acerca da realização do filme. Compõe o método de pesquisa o trabalho de campo “tipo etnográfico”, o paradigma indiciário, a análise dialógica do discurso a partir das contribuições de Vygotski, do círculo de Bakhtin e seus interlocutores. Estas perspectivas consideram a produção de sentidos na pesquisa e a possibilidade das relações dialógicas entre o pesquisador e os jovens realizadores do curta-metragem. Para compreender a experiência criadora dos jovens colhemos alguns fragmentos da relação “juventudes” e “cinemas”, especialmente sobre o curta-metragem contemporâneo. As articulações entre experiência, memória e narrativa também endossam a perspectiva histórica e epistemológica desta dissertação. Compreende-se a narrativa como a possibilidade de comunicar experiências e, neste sentido, a pesquisa realizada engendra-se neste significativo processo na medida em que dialogou tanto com a obra realizada pelos jovens quanto com as suas histórias sobre a experiência de produzir um filme. Neste sentido, o drama destes jovens está articulado à trama da realização do filme, que é coletiva, mas com sentidos que expressam em muito a singularidade de suas participações. Finalmente, este trabalho associa a realização de um curta-metragem com o trabalho de pesquisa e produção de uma dissertação que também se manifesta como experiência criadora.

e o texto completo pode ser baixado em:

http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95871

Tags: Allan Henrique Gomescurta-metragemexperiência criadorajovens
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